Entre as várias funções e facetas do cinema, uma das mais fascinantes é a de ajudar a reescrever a história. Neste sentido, dezenas de documentários brasileiros já vêm, há tempos, formando e reformando um amplo painel da nossa história recente, principalmente em relação à ditadura aqui instalada em 1964.
Por Celso Sabadin
A partir da história de 12 mulheres que lutaram e morreram na Guerrilha do Araguaia – um dos mais importantes conflitos armados da ditadura militar brasileira – a atriz Gabriela Carneiro da Cunha idealizou o espetáculo Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos. A peça estreia no Espaço Sesc, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (3) e fica em cartaz até dia 27 de setembro, de quinta a domingo. Depois segue para São Paulo.
Denúncias envolvem homicídios e ocultação de cadáveres. Lício Maciel e Sebastião Curió são alvos de outras ações, que não avançaram na Justiça.
A Comissão Nacional da Verdade (CNV) entrega nesta quarta-feira (10) a presidenta Dilma Rousseff o seu relatório final. Instituída em 16 de maio de 2012, a comissão recolheu depoimentos e documentos para a apuração das graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
Começou nesta quinta-feira (17) a 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O Filme “Osvaldão”, dos diretores Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles, estreou no Espaço Itaú de Cinema com sucesso de público e crítica.
Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, uma das figuras mais emblemáticas da Guerrilha do Araguaia, teve sua história eternizada nas telonas com o filme intitulado Osvaldão. Sob a direção de Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles, a obra estreia nesta quinta-feira (16), na 38ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A criação de uma força-tarefa pelo Ministério Público Federal (MPF) para investigar a Guerrilha do Araguaia (década de 70) foi recebida com otimismo por parentes dos cerca de 69 desaparecidos no movimento do PCdoB. A iniciativa tem sido encarada como mais uma pressão para que sejam esclarecidas as mortes, mas, no entanto, há uma descrença nos resultados do trabalho do grupo de procuradores.
Corria 1968 e a diáspora de insurgentes para a região araguaiana só aconteceria meses depois, com a edição do Ato Institucional N°5, em 13 de dezembro.
Por Paulo Fonteles Filho.
A Comissão Estadual da Verdade de SP lançou nesta segunda (10) uma publicação que analisa e apresenta, na íntegra, a sentença sobre a Guerrilha do Araguaia pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A Comissão Nacional da Verdade divulgou nesta quinta-feira (9) o terceiro bloco de textos da série "Exercitando o diálogo", em que analisa documentos pesquisados pelo menbro da CNV, Claudio Fonteles,e sua equipe para os grupos de trabalho em que atua na Comissão: Graves Violações de Direitos Humanos (mortos e desaparecidos e tortura), Araguaia e Estado Ditatorial. Desde novembro, Fonteles já publicou 137 páginas sobre documentos da repressão.