Um juiz argentino ordenou nesta terça-feira (04) a detenção de José Alfredo Martínez de Hoz, ministro da Economia durante a ditadura militar no país, como parte de uma investigação sobre o sequestro de dois empresários em 1976.
A condenação de cinco ex-comandantes e do último ditador argentino, general Reinaldo Bignone( 1982-1983) por detenção ilegal e tortura de presos políticos, mostra a dimensão poética do regime democrático. Se toda poesia é um ato de assombro, a plenitude dos direitos humanos só existe em sociedades que se reinventam em suas grandes recusas. O espanto diante da beleza da vida só é possível quando conjugado a um inequívoco terror diante do sofrimento humano.
Por Gilson Caroni Filho*
Uma grande manifestação marchou da Praça do Congresso até o Palácio dos Tribunais, em Buenos Aires, em defesa da aplicação da lei de comunicação audiovisual, que foi votada e aprovada em outubro passado pelo Poder Legislativo e obstacularizada por uma resolução judicial, apoiado pela oposição de direita e os proprietários dos monopólios da informação com passado ditatorial.
Pela primeira vez na história, um tribunal sul-americano investigará crimes contra a humanidade cometidos num país europeu. A tarefa foi assumida nesta quarta pela juíza argentina María Servini de Cubría, que será a responsável pelo processo sobre detenções ilegais, torturas e assassinatos cometidos pelo regime do ditador espanhol Francisco Franco, que governou a Espanha de 1936 até 1975.
Durante um período pós-crise em que a Argentina conseguiu recuperar sua economia e parte do bem-estar social perdido, o governo Kirchner foi visto com bons olhos pela sociedade portenha, inclusive pela elite do país. Tanto que o presidente Nestor conseguiu eleger seu sucessor, sua esposa Cristina, sem muitos sobressaltos eleitorais.
Por Renato Rovai, na Revista Fórum
A ditadura militar argentina de 1976, cujo 34º aniversário foi completado a semana passada, continua fazendo vítimas. Desde 1976, essa ditadura foi a sétima num país que só conheceu isso que chamam “democracia” por curtíssimos períodos e nunca de forma perfeita, e que apenas teve governos moderadamente enquadrados na lei desde 1983.
Por Carlos Lungarzo*, em consciencia.net
A presidente argentina, Cristina Kirchner, prometeu nesta ter;a-feira que manterá uma "batalha eterna" pela soberania das Ilhas Malvinas, arquipélago sob dominio britânico no Atlântico Sul, ao mesmo tempo em que esclareceu que esta não será pela via da "força".
Ao se observar a fachada do prédio da Esma (Escola de Mecânica da Marinha), na Avenida del Libertador, em Buenos Aires, é difícil imaginar que lá tenha funcionado o principal centro de detenção e tortura da ditadura argentina. Entre 1976 e 1983, mais de cinco mil pessoas foram levadas ao local, de olhos vendados, e algumas centenas sobreviveram para contar suas histórias.
Depois de uma longa disputa, a presidente Cristina Kirchner inaugura nesta quarta (24), 34° aniversário do golpe militar, um centro cultural dentro da Esma (Escola de Mecânica da Marinha), onde milhares de pessoas foram presas e torturadas durante a última ditadura na Argentina (1976-1983), que ajuda não a esconder, mas a superar os traumas da repressão na sociedade argentina.
Pela primeira vez, o ex-torturador argentino Jorge Acosta assumiu a responsabilidade por crimes cometidos durante a última ditadura militar no país (1976-1983). O ex-capitão, conhecido com “El Tigre”, atuou como chefe de inteligência de uma unidade da Esma (Escola de Mecânica da Marinha) entre 1976 e 1978.
No final desta semana, o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos) – órgão oficial responsável pela pesquisa de preços, informou que a inflação argentina em fevereiro foi de 1,2%, e no primeiro bimestre de 2010, acumulou alta de 2,3%. Essa é a maior alta registrada pelo instituto desde março de 2006. Com o preço da carne liderando as altas, os preços que mais subiram foram os dos alimentos e das bebidas.
Os parlamentares do Mercosul aprovaram nesta segunda-feira, durante a 22ª sessão plenária do Parlasul, em Montevidéu, uma declaração de repúdio contra a decisão do Reino Unido de explorar petróleo nas águas das ilhas Malvinas. A proposta de repúdio foi apresentada pelos representantes da Argentina, país que reinvindica a soberania das ilhas desde 1833, e recebeu o apoio dos três outros países do bloco – Brasil, Paraguai e Uruguai.