O economista Martín Redrado renunciou nesta sexta-feira (29) à presidência do Banco Central da Argentina, encerrando uma crise de quase um mês, iniciada com sua demissão ordenada pela presidente Cristina Kirchner e questionada pela Justiça e pela oposição. "Instantes atrás, renunciei à presidência do Banco Central", afirmou Redrado em entrevista coletiva.
O major uruguaio de reserva Juan Manuel Cordero Piacentini foi levado hoje (23) em uma ambulância até o meio da ponte que liga Uruguaiana (Brasil) e Paso de los Libres (Argentina). Ali, Cordero – acusado pela Justiça em Buenos Aires de ter aplicado torturas a 32 civis (27 uruguaios e cinco argentinos), o assassinato de outras dez pessoas – entre os quais dois parlamentares uruguaios – além do sequestro de um bebê, foi entregue às autoridades argentinas, que o levaram em outra ambulância.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, adiou uma viagem que faria à China por dez dias para evitar que o vice-presidente, Julio Cobos, assuma o cargo em sua ausência. “O vice-presidente não cumpre o papel que a Constituição lhe atribuiu. Decidi postergar essa viagem porque acredito que se os outros não exercem suas funções com responsabilidade, eu, sim, tenho que fazer”, declarou Cristina nesta terça (19) em coletiva de imprensa.
O ministro argentino da Economia, Amado Boudou, anunciou, nesta terça-feira (12), que a Justiça americana embargou parte das reservas do Banco Central da Argentina nos Estados Unidos. Ele pediu à população que não se preocupe, assinalando que a medida envolve, inicialmente, 1,7 milhão de dólares, e, em nenhuma circunstância, poderá superar os 15 milhões. O BC vai recorrer da decisão.
A queda ou degradação integral do governo kirchnerista seria uma ótima notícia para os norte-americanos, pois enfraqueceria o Brasil e reduziria o espaço político da Venezuela, Equador e Bolívia. A recente crise envolvendo o Banco Central mostra mais uma vez a ação de uma nova direita argentina, uma força heterogênea, sem grandes projetos visíveis, impulsionada pelos grandes meios de comunicação que operam como um “partido midiático” extremista.
Por Jorge Beinstein*, em Carta Maior
A presidente da argentina já havia pedido publicamente a renúncia do presidente do Banco Central argentino (BCRA), Martín Redrado na quarta-feira (6/1). O pedido veio após Redrado, com o apoio da oposição, negar-se a cumprir decisão do governo de transferir US$ 6,5 bilhões das reservas internacionais para pagar dívidas do país. Diante do impasse, Cristina Kirchner teve postura firme e demitiu o intransigente presidente do BCRA.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse que o Brasil deve seguir o exemplo da Argentina e abrir todos os seus arquivos secretos referentes ao período da ditadura militar. Quarta-feira (6), o governo argentino anunciou a decisão de desclassificar todos os documentos sobre as Forças Armadas durante os anos de 1976 e 1983, período da ditadura militar.
A presidente Cristina Kirchner pediu nesta quarta-feira de manhã a renúncia do presidente do Banco Central, Martín Redrado. O pedido veio após a resposta negativa de Redrado à decisão do governo de usar US$ 6,5 bilhões das reservas internacionais para pagar dívidas do país. Redrado anunciou que não renunciará ao posto, já que seu mandato, que iniciou em 2004, só concluiu no dia 23 de setembro.
Os dois filhos adotivos da diretora e dona do jornal Clarín, Ernestina Herrera de Noble, realizaram nesta terça-feira (29) exames de sangue para definir se são filhos ou não de desaparecidos políticos durante a ditadura militar argentina (1976-1983). A expectativa é de que o resultado saia em entre 15 e 45 dias.
Alex Freyre e José María Di Bello se casaram nesta segunda-feira (28) em um cartório civil da cidade de Ushuaia (3.500 km ao sul de Buenos Aires), e se tornaram os primeiros homossexuais a oficializarem o matrimônio na Argentina e na América Latina, confirmou o casal à imprensa. "Hoje nos casamos em Usuahia", revelou Freyre por telefone ao canal Todo Notícias de Buenos Aires.
A família que controla o grupo midiático argentino Clarín teve relações tão profundas com a ditadura argentina que desta relação surgiram dois filhos, Marcela e Felipe. A justiça exige que se façam exames de DNA para saber se não se trata de mais um caso de bebês raptados pela ditadura e entregues a famílias que apoiavam o regime militar.
Por Diego Martínez
O tribunal federal de San Martín solicitou que o juiz Bergesio realize "de forma imediata" os exames dos filhos adotivos de Noble para conhecer sua identidade.
Por Diego Martínez, do jornal argentino Página 12