“Vamos às urnas contra Macri pensando nos milhões de argentinos que dormem sem ter o que comer, nas crianças que passaram a se alimentar com as sobras nos cestos de lixo, nos jovens que foram condenados a servir por pouco mais que nada enquanto os filhos da oligarquia são preparados nas melhores escolas para ser seus governantes, nos aposentados sem remédios nem médicos, nos aumentos de mais de 1.000% nas tarifas de água e luz. Hoje daremos uma linda surra de votos no neoliberalismo. Basta!”.
O neoliberalismo está – literalmente – queimando. E do Equador ao Chile, a América do Sul, mais uma vez, está mostrando o caminho. Contra a cruel e única receita de austeridade do FMI, que utiliza armas de destruição econômica em massa para esmagar a soberania nacional e promover a desigualdade social, a América do Sul finalmente parece pronta para recuperar o poder de forjar sua própria história.
Por Pepe Escobar*
Na aguardada disputa à presidência da Argentina, a chapa peronista formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner (Frente de Todos) abriu vantagem e deve vencer a eleição já no primeiro turno. É o que apontam as pesquisas divulgadas na sexta-feira (18). Conforme levantamento da consultoria Federico González e Associados, Fernández teria 54% das intenções de voto, contra 31,5% do presidente argentino e candidato à reeleição Mauricio Macri (coligação Juntos pela mudança).
"Aumentou sensivelmente o número de argentinos que deixaram a classe média, característica até então permanente do país, e passaram a viver na pobreza".
Por Eric Nepomuceno*
Chapa peronista deve ser eleita no primeiro turno
O ex-deputado federal e ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, comenta a tendência de avanço democrático da centro-esquerda na América Latina, que começou no México, em 2018, e deve se estender neste ano por Uruguai, Argentina e Uruguai, onde candidatos alinhados com Jair Bolsonaro deverão ser derrotados nas eleições presidenciais. Ao mesmo tempo, Benjamim Netanyahu, em Israel, e Donald Trump, nos EUA, sofrem importantes derrotas.
“As vitórias de Fernandéz, na Argentina, e Martínez, no Uruguai, podem representar o início de um processo na região, marcado pela retomada dos governos progressistas”.
Por Bianca Borges*
O resultado do outubro eleitoral impactará substancialmente nos rumos da região.
Por Mateus Fiorentini*
Após passagem pelo Chile, em abril deste ano, para a produção de uma série de reportagens sobre o desastre do sistema de aposentadorias que é o sonho de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, o coletivo ComunicaSul, surgindo em 2012, organiza, agora, uma caravana para as três eleições presidenciais que ocorrerão no sul do continente em outubro: Bolívia (dia 20), Argentina e Uruguai (27). O Portal Vermelho publicará todas as matérias da cobertura exclusiva.
Entre diversos aspectos negativos, o governo do presidente argentino Maurício Macri entrará para a história pelo descenso ininterrupto no consumo de leite no país. Dados divulgados nesta semana pelo Observatório da Cadela Láctea mostram que a média de litros por habitante chegou ao menor nível desde 2003.
Há quarenta dias para eleições argentinas, o candidato peronista tem 53,3% e Macri, 31,9%. A eleição deve ser definida já no primeiro turno.
As notas internacionais da cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Prestes, desta sexta-feira (13) destaca o novo pedido de ajuda financeira da Argentina ao FMI. Ela destaca ainda "mais uma crise no Paraguai".