“As vitórias de Fernandéz, na Argentina, e Martínez, no Uruguai, podem representar o início de um processo na região, marcado pela retomada dos governos progressistas”.
Por Bianca Borges*
O resultado do outubro eleitoral impactará substancialmente nos rumos da região.
Por Mateus Fiorentini*
Após passagem pelo Chile, em abril deste ano, para a produção de uma série de reportagens sobre o desastre do sistema de aposentadorias que é o sonho de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, o coletivo ComunicaSul, surgindo em 2012, organiza, agora, uma caravana para as três eleições presidenciais que ocorrerão no sul do continente em outubro: Bolívia (dia 20), Argentina e Uruguai (27). O Portal Vermelho publicará todas as matérias da cobertura exclusiva.
Entre diversos aspectos negativos, o governo do presidente argentino Maurício Macri entrará para a história pelo descenso ininterrupto no consumo de leite no país. Dados divulgados nesta semana pelo Observatório da Cadela Láctea mostram que a média de litros por habitante chegou ao menor nível desde 2003.
Há quarenta dias para eleições argentinas, o candidato peronista tem 53,3% e Macri, 31,9%. A eleição deve ser definida já no primeiro turno.
As notas internacionais da cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Prestes, desta sexta-feira (13) destaca o novo pedido de ajuda financeira da Argentina ao FMI. Ela destaca ainda "mais uma crise no Paraguai".
O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, afirmou nesta segunda-feira (9) que, diante da atual crise que assola a Argentina, ninguém mais em seu país apoia o presidente Maurício Macri, num cenário de completa reviravolta em relação ao que se via há poucos anos. Em entrevista à Rádio Destape, da Argentina, Mujica também fez elogios a Alberto Fernández, vencedor das eleições presidenciais primárias do país, realizadas em 11 de agosto.
Por Fernando Damasceno
A mídia monopolista da Argentina – tendo à frente os grupos Clarín e La Nación – ficou atordoada com a surra do neoliberal Mauricio Macri nas eleições primárias do mês passado e já teme pela formação de um governo progressista a partir do pleito do final de outubro. Artigo de Sylvia Colombo, correspondente da Folha em Buenos Aires, especula que a “imprensa argentina já se adapta a provável vitória kirchnerista”. Será?
O candidato de oposição, o peronista Alberto Fernández, derrotaria o presidente argentino, Mauricio Macri, nas eleições de outubro por uma vantagem ainda maior do que a diferença esmagadora que ele obteve nas primárias de agosto, segundo três pesquisas divulgadas nesta segunda-feira (9), com números semelhantes. Fernández – que tem como vice na chapa a ex-presidente Cristina Kirchner – deve obter 51,5% dos votos e Macri, 34,9%, segundo pesquisa da empresa Ricardo Rouvier & Asociados.
"Não faz sentido ter petróleo se para extraí-lo você precisa deixar as multinacionais o levarem embora", disse Fernández após discursar no Parlamento espanhol em Madri.
“Saque os dólares do banco”. Essa mensagem começou a circular como pólvora de telefone em telefone na semana passada em Buenos Aires. O risco de que a Argentina volte a interromper os pagamentos reavivou o fantasma do corralito (confisco de depósitos bancários) de 2001 e, com esse medo no corpo, muitos argentinos recorrem ao bem mais valorizado nas crises: a moeda norte-americana.
A Argentina poderá evitar uma reestruturação de dívidas se as autoridades reverterem as medidas de austeridade a tempo suficiente de estimular crescimento econômico para evitar uma crise de dívida, disse o economista Joseph Stiglitz, vencedor do Nobel, à agência Reuters.