Bancários cearenses reunidos em assembleia, na última terça-feira (20/10), definem fortalecer ainda mais a greve até arrancar uma proposta decente por parte dos bancos/governo. Ainda indignados com a intransigência do patronato e a proposta rebaixada apresentada de 5,5% (muito abaixo da inflação do período de 9,88%), a categoria propôs dar continuidade e fortalecimento da greve nos bancos públicos e privados em todo o Estado.
Os bancários rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7,5% de reajuste e retirada do abono. A oferta foi feita em uma reunião na noite desta terça-feira (20), no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo.
As tarifas bancárias cobradas pelos oito maiores bancos do país nos últimos três anos subiram 169%, percentual 8,6 vezes superior à inflação para o mesmo período, segundo apontou a associação de consumidores Proteste. Apesar disso, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma contraproposta aos bancários que nem chega a repor as perdas da inflação.
Por Dayane Santos
A greve dos bancários chega ao 14º dia com 398 agências no Ceará. Na última segunda-feira (19/10), os bancários cearenses aumentaram a mobilização para mostrar a força da categoria e lutar contra a intransigência e o silêncio dos banqueiros, e forçar a reabertura das negociações.
A comissão nacional de negociação que congrega representantes dos bancários de todo o país solicitou na semana passada a reabertura das negociações da campanha salarial da categoria, que estão travadas desde que o sindicato patronal colocou sua proposta inicial, há dez dias.
A greve dos bancários completa duas semanas nesta segunda-feira (19/10) sem qualquer contato dos bancos para retomar as negociações. Na última sexta-feira (16), foram 395 agências fechadas no Ceará, o que representa 70% de adesão ao movimento. No Brasil, em todos os 26 estados e no Distrito Federal, pararam 12.277 agências e 44 centros administrativos.
Uma rede de solidariedade entre movimentos sociais tem fortalecido a greve dos bancários, que completa 14 dias nesta segunda-feira (19) e já envolve 11.818 agências e 44 centros administrativos em 26 estados e no Distrito Federal.
A greve dos bancários está consolidada no Ceará e chegou, na última quinta-feira (15/10), ao décimo dia com 390 agências fechadas das 567 existentes no Estado. O número representa quase 70% de adesão e significa que mais de sete mil bancários estão de braços cruzados por uma proposta digna que atenda minimamente os interesses da categoria.
A greve dos bancários segue forte em todo o Estado e chega ao nono dia com o registro de 387 agências paradas das 567 existentes no Ceará, o que representa 68,25% de adesão. Esse é o maior número registrado durante esta greve, demonstrando que o movimento segue firme em todo o Ceará.
Com o impasse nas negociações e sem nova proposta salarial dos bancos, categoria decide manter a paralisação por tempo indeterminado e se articula para ampliar a mobilização, que já atinge cerca de 11 mil agências do país.
Reunidos em assembleia na última terça-feira (13/10) para avaliar a greve da categoria, os bancários do Ceará decidiram pelo fortalecimento do movimento paredista em todos os principais corredores bancários de Fortaleza e no interior do Estado.
O Procon Fortaleza ingressou, na última sexta-feira (09/10), com ação civil pública contra a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e sete instituições financeiras que prestam serviços na capital. O Procon requer à Justiça que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que não haja prejuízo financeiro aos clientes que tenham contas a pagar durante o período de greve, bem como salários, transferências ou depósitos a receber.