Se em nível nacional a greve dos bancários está grande, na Bahia ela está especialmente forte: mais de 900 das cerca de 1.100 agências do estado estão paralisadas. Segundo o dado mais atualizado da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), 8.763 das 23.110 mil agências do país já aderiram ao protesto.
Por Juliana Cunha
O Procon Fortaleza realizará, nesta sexta-feira (09/10), coletiva de imprensa para anunciar um conjunto de medidas administrativas e jurídicas que serão tomadas pelo órgão a fim de garantir que sejam respeitados os direitos dos consumidores da Capital durante o período de greve dos bancários. O objetivo é minimizar os impactos da paralisação, garantindo os serviços essenciais prestados pelas agências.
O terceiro dia de greve dos bancários no Ceará foi marcado por uma adesão cada vez mais crescente. O levantamento do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) feito na última quinta-feira (08/10) contabilizou 356 agências paradas, representando 62,79% das 567 existentes no Estado.
Em apenas três dias de paralisação, a greve dos bancários teve um crescimento expressivo no número de agências e trabalhadores engajados. Se na terça-feira (6) em que foi deflagrada a greve atingia 6.251 das 23.110 mil agências do país, hoje (8) esse número já passou para 8.763 agências, segundo levantamento da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Na última quarta-feira (07/10), segundo dia de greve dos bancários, a categoria intensificou a mobilização e dobrou o número de agências paradas no Ceará. Segundo balanço do Sindicato dos Bancários do Ceará foram registradas 342 agências paradas (representando mais de 60% de adesão) contra 172 apuradas no primeiro dia. No total, existem no Estado 567 agências. Neste segundo dia, das 262 agências da Capital, 153 aderiram ao movimento. Já no Interior, das 305 agências, 189 estão paradas.
Paralisação da categoria iniciada na terça-feira (6) já inclui 38 mil trabalhadores somente em São Paulo; proposta dos bancos é a pior desde 2004.
O consumidor não pode ser prejudicado por problemas decorrentes da greve dos bancos. Especialistas orientam, no entanto, que ele deve fazer a sua parte, buscando canais alternativos para quitar as dívidas.
Os bancários da Bahia rejeitaram a proposta da a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 5,5% e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (06/10). A decisão foi tomada durante uma assembleia, realizada no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, na ladeira dos Aflitos, em Salvador.
Reunidos em assembleia geral na última quinta-feira (01/10), na sede do Sindicato, cerca de 300 bancários deliberaram, por unanimidade, greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia 6 de outubro.
Em Fortaleza, os bancários reúnem-se nesta quinta-feira, dia 1º de outubro, em assembleia para deliberar sobre proposta apresentada pela Federação dos Bancos – Fenaban, para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2015. A assembleia será às 19h na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (Rua 24 de Maio, 1289, Centro). O Comando Nacional dos Bancários indica rejeição da proposta e aprovação de greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro, a terça-feira seguinte.
Para que a greve da categoria, a partir de 6 de outubro, não corra risco de ser considerada abusiva pela Justiça é necessário cumprir formalidades e dar ampla divulgação à população.
O Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) reuniu, no último sábado (26/09), na sede da entidade, o Conselho de Delegados, cumprindo o Estatuto da entidade. O evento teve a participação de delegados sindicais do BB, Caixa, BNB e dos bancos privados Bradesco, Itaú e Santander, além da participação de representantes do Dieese/CE e da Contraf