Ainda sem qualquer sinalização dos banqueiros, bancários de todo país saem às ruas no final da tarde desta terça-feira (24), sexto dia da greve da categoria. O objetivo dos trabalhadores é pressionar os bancos e chamar a atenção da população sobre a situação atual nas agências, onde há a combinação de precarização, baixa remuneração e pressão sobre resultados, somado ao assédio moral.
A fim de chamar a atenção da sociedade, também prejudicada com o descaso dos bancos, o Sindicato da Bahia realiza, nesta quarta-feira (25), uma passeata pelas ruas do centro de Salvador. A concentração começa às 16h, na frente da entidade, nas Mercês.
Reunidos em assembleia na última segunda-feira (23/09), os bancários do Ceará aprovaram a realização de uma passeata pelo Centro de Fortaleza na próxima quarta-feira (25/09), com concentração a partir das 17h, na Praça do Carmo. A caminhada é uma forma de pressionar os banqueiros e mostrar a força do movimento bancário.
A semana começa a todo vapor e a greve dos bancários na Bahia caminha para uma das mais fortes dos últimos anos. No Estado, 722 agências ficaram fechadas nesta segunda-feira (23/09), quinto dia de paralisação nacional. Da base do Sindicato, trabalhadores de 385 unidades estão com os braços cruzados à espera de uma proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Em Salvador, 261 agências estão com as portas fechadas.
Os bancos divulgam notícias mentirosas para tentar colocar a sociedade contra a greve legítima dos trabalhadores, mas ninguém cai na conversa mole das empresas. Enquanto que o salário do bancário subiu 58% nos últimos sete anos, o lucro líquido das organizações financeiras cresceu 120%, passando de R$ 23,7 bilhões em 2005 para R$ 52,1 bilhões em 2012.
No primeiro dia da greve dos bancários, 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados ficaram fechados nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Os trabalhadores paralisaram as atividades nessa quinta-feira (19) por tempo indeterminado. De acordo com a Contraf, são 1.013 unidades a mais que no primeiro dia da greve no ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%.
Neste segundo dia de greve nacional dos bancários, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulga nota de apoio à categoria, que luta por reajuste salarial, com ganho real, e por melhores condições de trabalho. É inadimissível que instituições que obtém lucros exorbitantes precarizem dessa forma as relações de trabalho. Abaixo a nota.
A greve nacional dos bancários começou nesta quinta-feira (19) com muito mais força do que as últimas paralisações da categoria. Um breve balanço inicial do movimento dá a clara noção da disposição dos trabalhadores em cruzar os braços para conquistar melhores condições de trabalho e salários. Os bancários continuam rejeitando a proposta pífia de aumento de 6,1%, que não corrige nem a inflação do período.
No primeiro dia de greve, quinta-feira, dia 19/9, os bancários do Ceará aderiram em massa ao movimento paredista, como forma de pressionar banqueiros e governo federal por respeito às reivindicações da categoria. Nas agências de Fortaleza e do Interior do Estado, sob a orientação do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE), os trabalhadores cruzam os braços durante todo o dia. Das 507 agências de todo o Estado, 166 paralisaram as atividades.
Fortalecer o movimento grevista com mobilização e paralisação do funcionamento das agências. Essa é a orientação dos bancários em todo país que iniciaram uma greve, nesta quinta-feira (19), para reivindicar aumento salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Na Tribuna da Câmara, nesta quarta-feira, 18, o deputado federal João Ananias (PCdoB-CE) destacou o movimento dos bancários do Ceará por melhores salários e condições de trabalho. De acordo com o sindicato da categoria, a greve tem início nesta quinta-feira, 19. “Pelo décimo ano consecutivo, os bancos não negociam com os bancários, testando-os para ver o grau de mobilização”, destacou. Leia a seguir a íntegra do discurso:
A intransigência dos banqueiros empurrou a categoria bancária para a greve por tempo indeterminado a partir das 0h desta quinta-feira, dia 19/9. Diante de nenhuma outra proposta além dos 6,1% oferecidos pela Fenaban, os bancários cruzam os braços para pressionar os banqueiros e o governo federal a apresentar uma proposta que atenda aos anseios da categoria.