Enquanto bancos celebram lucros astronômicos, em meio à pandemia, setor produtivo, comercial e consumidor mergulham em recessão, sem que isso afete a inflação.
Caso a previsão se confirme, a inflação encerrará o ano 0,82 ponto percentual acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O teto, portanto, é 5,25%.
Segundo os dados do Banco Central, os ingressos líquidos em Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 1,2 bilhão no mês passado, ante US$ 3,1 bilhões em maio de 2020. Também houve queda no acumulado de 12 meses.
O BC também vê um pico de inflação no mês de agosto, com o IPCA atingindo variação de 8,5% em 12 meses.
Taxa básica de juros passou de 3,5% para 4,25% ao ano, o que deve desestimular produção, consumo, emprego e renda, para controlar a inflação.
Roberto Campos Neto sinalizou ainda que movimento inflacionário pode levar a aumento de juros.
Com a previsão, a inflação projetada para 2021 bate no teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo boletim Focus, IPCA deve encerrar 2021 em 5,15% e chegar a 3,64% em 2022. Com a alta da inflação, mercado estima alta também da taxa Selic.
Os grandes bancos privados brasileiros preferem parasitar pequenas rendas em altíssima escala a investir em projetos inovadores.
O aumento de 0,75 ponto percentual ficou dentro do previsto pelo mercado financeiro. Analistas projetam juros em 5,5% ao ano até o fim de 2021.
Na semana anterior, a projeção era 6,13% ao ano. Para 2021, foi mantida a estimativa de 5,5% ao ano. Comitê de Política Monetária se reúne terça e quarta para definir a taxa Selic pelos próximos 45 dias.
Segundo economista, aumento dos preços no Brasil não se deve à dinâmica clássica da inflação. País vive cenário de estagflação.