Os senadores da base de apoio do governo ilegítimo de Michel Temer não conseguiram antecipar a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do banqueiro Ilan Goldfajn, indicado para a Presidência do Banco Central (BC). Depois de ler o relatório favorável à indicação, o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) pediu, nesta terça-feira (31), a quebra do interstício de cinco dias, previsto no Regimento do Senado, mas não foi atendido. A sabatina ficou marcada para a próxima terça-feira (7).
O economista Ilan Goldfajn será sabatinado nesta quarta-feira (1°/5) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para o cargo de presidente do Banco Central (BC). A oposição já prepara os questionamentos ao economista do Banco Itaú.
O Banco Central sinaliza que foram registrados avanços no combate à inflação, mas ainda existem riscos no processo de combate à alta dos preços, segundo avaliação do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na ata da última reunião. Na ocasião, o colegiado manteve a taxa Selic em 14,25% ao ano, pela sexta vez consecutiva.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, nesta quinta-feira (10), uma série de medidas com o objetivo de afastar o risco de deflação e estimular o crescimento. Entre as decisões, está a de reduzir todas as taxas de juros de referência para novos mínimos históricos, a ampliação no montante mensal de compras de ativos para 80 bilhões de euros e a oferta de novos empréstimos baratos de longo prazo aos brancos, que devem fazer esse dinheiro chegar à economia.
Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por 6 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta (2) a taxa Selic em 14,25% ao ano, o mais alto patamar desde julho de 2006. A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa permanecerá inalterada até o fim do ano. Mas desagrada trabalhadores, empresários e acadêmicos, que defendem uma redução na Selic como passo necessário para retomar o crescimento da economia.
O Banco Central (BC) espera recuperar R$ 6,970 bilhões de grandes devedores da instituição até setembro deste ano. Na lista de devedores estão instituições financeiras, corretoras de câmbio, empresas que fazem importação e exportações, times de futebol e pessoas físicas. No total, o estoque total de dívida ativa com o BC era estimado, em dezembro de 2015, em R$ 44,707 bilhões.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta (28), aponta que as incertezas em relação ao cenário externo se ampliaram, com destaque para a crescente preocupação com o desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos, além da evolução de preços no mercado de petróleo. O cenário internacional, assim como as dúvidas no cenário doméstico figuram como fatores decisivos para a manutenção da Selic em 14,25%.
As expectativas em torno da reunião do COPOM de 19 e 20 de janeiro e os resultados do encontro quanto à manutenção da taxa oficial de juros reacenderam o debate a respeito de um tema muito “caro” aos interesses do financismo. Refiro-me aqui ao lobby tão antigo, quanto recorrente, pela institucionalização da assim chamada “independência” do Banco Central.
Por Paulo Kliass*
Se pressão política funcionasse para o Banco Central não teríamos uma taxa estratosférica de juros básicos em nosso país. A maior prova de autonomia do Banco Central está na taxa Selic de 14,25% ao ano, a maior de todas as economias do mundo. E que até agora foi pouco eficiente no controle da inflação, posto que esta não é de demanda. Funcionou para o câmbio e para assegurar investimentos estrangeiros no país.
Por Gleisi Hoffman*
Se a expectativa inicial era de que o Banco Central aumentaria a taxa de juros, esmagando de vez a economia, o anúncio de que o Copom optou por manter a Selic no atual patamar causou certo alívio. Mas a decisão está longe de ser celebrada por trabalhadores, empresários e economistas comprometidos com o crescimento brasileiro. Para eles, a Selic precisa mesmo é cair. Afinal, o Brasil continua tendo uma das maiores taxas de juros do mundo, que beneficia rentistas mas prejudica o país.
O dia em que se fizer o inventário da atuação do Banco Central na gestão Alexandre Tombini, provavelmente se terá o retrato de uma das mais desastradas gestões da história pós-estabilização, só superada pela de Gustavo Loyolla e seus 45% de taxa básica ao ano. Desde o primeiro governo Dilma, avaliações incorretas do BC sobre a economia comprometeram a política econômica e ajudaram a jogar a economia nesse buraco.
Por Luis Nassif
Em repúdio à elevação da taxa de juros básica da economia, intelectuais, professores universitários, jornalistas, lideranças da sociedade civil, sindicalistas e militantes políticos que compõem a Frente Brasil Popular e o Fórum 21 divulgam, na última segunda (18), uma nota denunciando a irresponsabilidade do Banco Central e as consequências nefastas dos juros altos ao país.