No relatório encomendado pelo governo brasileiro há pouco rigor técnico-científico e impropriedades na classificação por renda: para o Banco Mundial os ‘extremamente pobres’ recebem até R$ 92/dia, enquanto que aqui se usa o parâmetro de R$ 2,33/dia para programas como o Bolsa Família.
Por Rafael da Silva Barbosa*
Nos últimos dias, o Banco Mundial divulgou o relatório intitulado “Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, com diversas prescrições sobre o que as autoridades brasileiras devem fazer em matéria de ajuste fiscal. Com ampla repercussão nos grandes veículos de comunicação e reações contrárias nas mídias sociais, o relatório trouxe para o centro da cena pública o debate sobre o Banco e sua atuação no país.
Por João Márcio Mendes Pereira*
Colocada em prática, a proposição neoliberal do Banco Mundial tanto aprofundará a desigualdade brasileira como desconstruirá a dinâmica da economia social inaugurada pela Constituição de 1988.
Por Marcio Pochmann*
Márcio Pochmann, Reginaldo Moraes, Carlos de Assis e Luiz Gonzaga Belluzzo fazem um contraponto aos argumentos do Banco Mundial pela reforma da Previdência.
O dia 21 de novembro de 2017 talvez tenha marcado uma triste mudança de rota no comportamento de um dos principais organismos multilaterais em sua história mais recente de relações com o Brasil. Naquela terça-feira foi convocada uma cerimônia oficial para o lançamento de um importante documento oficial do Banco Mundial (BM), com o pomposo título “Um Ajuste Justo: Análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil”.
Por Paulo Kliass*
O Banco Mundial acaba de lançar um relatório que analisa a eficiência e equidade do gasto público no Brasil. O economista do IPEA José Celso Pereira Cardoso Junior analisa o relatório e refuta a defesa que o organismo faz dos cortes de despesa pública, sobretudo na área social. O economista mostra que o documento é muito mais uma peça de apoio às reformas neoliberais do governo Temer, que uma análise técnica do atual estágio das contas públicas nacionais.
Relatório feito pelo banco sugere o fechamento de hospitais de pequeno porte por hospitais maiores em favor de ganhos de escala, desconhecendo a dimensão continental do país. O que vê como ineficiência se traduz em direito à vida e é previsto na Constituição de 1988.
Por Rafael da Silva Barbosa*
A instituição financeira chancela reformas do governo Temer que não são aplicadas no resto do planeta.
Por Sérvulo Carvalho*
O relatório "Um ajuste Justo, uma análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil", publicado nesta terça-feira (21), sugere uma agenda nefasta e que aprofunda ainda mais a onda de cortes do Governo Michel Temer.
"Haverá luta!". Assim respondeu em nota o sindicalista Adilson Araújo sobre o estudo do Banco Mundial "Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil" que, entre outras coisas sugere que o Brasil deveria acabar com a gratuidade do ensino superior para evitar a "perpetuação da desigualdade no país".
Até mesmo o Banco Mundial concorda que é preciso maior justiça tributária no Brasil. Em um relatório divulgado nesta terça (21), o Banco Mundial concluiu que há espaço para aumentar a tributação sobre grupos de alta renda no país. O organismo ressalta que é possível instituir, por exemplo, impostos sobre a renda, patrimônio ou ganhos de capital e reduzir a dependência dos tributos indiretos, que sobrecarregam os mais pobres.
O Banco Mundial despreza o impacto do teto de gastos e das reformas defendidas pelos governo Michel Temer sobre os direitos socioeconômicos e ambientais dos brasileiros. Foi o que seis organizações da sociedade civil constataram ao analisar o documento divulgado pelo banco com estratégia de investimentos no Brasil nos próximos seis anos.