A eleição de 7 de outubro explicitou a polarização que há no cenário político brasileiro.
Por José Carlos Ruy*
Caetano Veloso afirmou que o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, golpeado com 12 facadas na noite do último domingo (7), em Salvador, é simbólico do que está se esboçando no Brasil, referindo-se ao atual cenário de polarização política no país. Moa foi assassinado após se declarar apoiador de Ferenando Haddad um eleitor de Jair Bolsonaro (PSL).
Os empregadores só vão contratar trabalhador que apresentar a carteira verde e amarela. A constatação é do advogado trabalhista, Magnus Farkatt, ao comentar para o Portal Vermelho a proposta apresentada pelo candidato à presidência Jair Bolsonaro. Na prática essa carteira vai fazer o trabalhador renunciar a direitos para conseguir um emprego, completou Magnus. “Bolsonaro amplia a vantagem do empregador sobre o trabalhador”.
Por Railídia Carvalho
No primeiro turno das eleições presidenciais venceu a política do medo. Entender o que se passa neste gigante latino-americano é uma das chaves para se aproximar não só ao futuro político e social do país, mas também ao da região que atravessa o ciclo democrático mais longo de sua história.
Por Pablo Gentili*
O jornalista Ricardo Boechat, da rede Bandeirantes, disse que não vê agressividade na campanha eleitoral. “Aí tem um capoeirista morto numa briga mas nós somos 208 milhões de pessoas”, argumentou nesta terça-feira (9) na rádio. Para ele a morte do capoeirista mestre Moa do Katendê, assassinado no domingo (7) com 12 facadas, não é um fenômeno da campanha. O assassino é eleitor do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).
Passada a longa agonia da marcha das apurações de 07 de outubro, agora as forças democráticas devem voltar suas energias unitárias e agregadoras para evitar o desastre maior em nosso País. O caminho da civilização (ainda que meio capenga em sua versão tupiniquim) contra a barbárie declarada passa, sem sombra de dúvida, pela derrota eleitoral de Jair Bolsonaro no segundo turno.
Paulo Kliass *
A direção nacional do PCdoB reuniu-se nesta segunda-feira para analisar o primeiro turno das eleições. Para a disputa do segundo turno entre Haddad e Bolsonaro resulta de um grande feito das forças democráticas, populares e progressistas. Os comunistas consideram que a vitória da candidatura Haddad depende de amplitude social e política. Para o PCdoB, Haddad é “capaz de pacificar, unir, retirar o país da crise, encaminhá-lo a um novo ciclo de desenvolvimento soberano”.
Não se distraia. O debate não é moral, embora seja essa a cortina de fumaça que encobre as eleições presidenciais no Brasil.
Por Rita Coitinho*
Um passo decisivo para a vitória. Assim a passagem da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila para o segundo turno deve ser vista.
O TSE determinou na noite deste sábado (06/10), em decisão inédita e histórica, que sejam retiradas de uma vez só 35 notícias falsas, mentirosas ou ofensivas que circulam na internet. A conquista é fruto da mobilização de milhares de pessoas que, juntas, denunciaram mais de 15 mil mensagens de diversos tipos apenas nas primeiras 24 horas.
Repetiu-se na campanha presidencial de 2018 o esvaziamento eleitoral das candidaturas de centro-direita ocorrido em 1989, quando o voto reacionário se concentrou num play boy da oligarquia fantasiado de “caçador de marajás”, que derrotou Lula no segundo turno com o apoio de sórdida campanha de intoxicação promovida pela Rede Globo.
Por João Quartim de Moraes*
Neste domingo (7), mais de 147 milhões de brasileiros estão habilitados a votar nas eleições mais tensas desde a redemocratização. Em um ambiente marcado por campanhas de ódio, desinformação e descrédito com a política, os eleitores escolherão não apenas presidente, governadores, senadores e deputados. Terão nas mãos a responsabilidade de decidir se o país seguirá na trilha da consolidação democrática, ou dará uma guinada de inspiração fascista.
Por Joana Rozowykwiat