“Estou muito preocupado.” Foi com esta declaração que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo começou a conversa por telefone com o Vermelho, na última terça (17). O que o afligia era a sobreposição das crises econômica, política e também a social que, para ele, se avizinha. Pior, o incomodava a falta de perspectivas. Contrário ao pedido de impeachment, ele disse que a oposição age de forma “irresponsável”, ao provocar instabilidade, e tem uma proposta “desastrosa” para o país.
Por Joana Rozowykwiat
Eduardo Cunha começou a semana com o pé esquerdo. Operação Catilinárias e Conselho de Ética foram as primeiras pedras no sapato do ainda presidente da Câmara, mas uma carta aberta com deputados de seis partidos, incluindo o PCdoB, protocolada no Supremo Tribunal Federal, reforça a defesa de sua saída da Presidência da Casa.
Milhares de pessoas participaram de manifestações, nesta quarta (16), em todas as regiões do país, para dizer: “Não vai ter golpe!”. Em cerca de 70 cidades, em 26 estados, o povo tingiu de vermelho as ruas contra o impeachment, pelo Fora Cunha e contra o ajuste fiscal.
Com adesivos de faixas presidenciais colados no peito, diversas deputadas, senadoras e representantes de movimentos sociais e sindicais realizaram um ato na tarde de quarta-feira (16), na Câmara dos Deputados, para reforçar seu apoio ao governo Dilma.
No dia em que o povo vai às ruas contra o golpe, a presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia de cumprimento a oficiais generais promovidos em 2015 e de confraternização com militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. No evento, ela disse que conta com o comprometimento e a colaboração das Forças Armadas para a construção de um país mais “justo e democrático”.
Catorze prefeitos de capitais de todas as regiões do país, incluindo as duas cidades mais populosas, Rio e São Paulo, assinaram um manifesto de apoio à presidenta Dilma Rousseff, contra o processo de impeachment.
Sobre o momento político que vivemos e a necessidade de construção de uma saída para a crise econômica, vale uma reflexão sobre as conquistas que tivemos nos últimos anos e a necessidade de preservá-las pelo caminho da democracia e da legalidade.
Por José Roberto Fonseca*
Depois de obter manifestação de apoio e em defesa da democracia assinada por 16 governadores na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff recebeu, nesta segunda (14), nova carta, agora de um grupo de 16 prefeitos de capitais, com uma mensagem de repúdio à tentativa de impeachment.
A presidenta Dilma Rousseff saudou, neste sábado (12), a aprovação do Acordo de Paris, o novo pacto global sobre o clima, e destacou o papel decisivo do Brasil nesta “nova fase de luta contra a mudança do clima”.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) emitiu nota na qual se coloca contrária à tentativa de golpe que a oposição tenta levar adiante no país. A entidade também lamenta que "parlamentares eleitos pelo voto da população traiam seus eleitores ao apelarem à ruptura democrática para se contrapor ao resultado da eleição presidencial "
Dia 13 de dezembro de 2015 os adeptos do golpe de estado se reunirão nas ruas para celebrar os 47 anos da edição do AI-5. Os mais velhos sabem o que o mesmo representou na vida cotidiana dos brasileiros. Os mais novos tem uma imagem muito vaga do que ocorreu.
Por Fábio de Oliveira Ribeiro
Ministro da Comunicação Social, Edinho Silva afirma que "o governo espera que o Supremo faça cumprir a legislação" em relação aos procedimentos que envolvem a tramitação do impeachment. "O Judiciário só é acionado quando há um desequilíbrio em relação à Constituição. E não é errado o Judiciário se posicionar para garantir o aparato legal para que contradições sejam superadas", diz. Em entrevista a O Estado de S. Paulo, ele defende que este processo seja "superado o mais rápido possível".