O ressonar de moedas se faz ouvir ao longe na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Pra todo lado que se vire, há novos casos de assalto aos cofres públicos ou de assaltantes já renomados no ramo sendo postados em cargos importantes da República, sem dó nem piedade, como se tudo fosse a coisa mais normal do mundo.
"Brasília vai se tornar a capital das ocupações", afirmou a diretora de Relações Internacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã desta quarta-feira (16), ao anunciar as estratégias de mobilização contra à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que congela os gastos públicos por 20 anos e a Medida Provisória (MP) da reforma do ensino médio.
Em meio ao movimento de luta das instituições educacionais em todos os cantos do Brasil a União Nacional dos Estudantes convoca todas as ocupações estudantis e os 85 diretores da entidade para uma reunião nos próximos dias 14 e 15 de novembro, na Universidade de Brasília (UnB), na capital federal.
Os estudantes do colégio Cemab, localizado em Taguatinga, (DF) estavam ocupados há cinco dias no local, somando forças à luta nacional contra a Medida Provisória do Ensino Médio e a PEC 241 que tramita no Senado como PEC 55, quando foram surpreendidos na noite desta segunda-feira (31) por um grupo de direita intitulado "CemaBomba" que são contrários a movimentação e também por um grande número de policiais militares que cercavam o local.
Manifestantes fizeram ato contra o governo de Michel Temer na Esplanada dos Ministérios, do lado oposto ao desfile que marca o Dia da Independência. A concentração foi marcada para as 8h30, pouco antes do início das celebrações de 7 de setembro, agendadas para as 9h. Um grupo estendia quatro faixas com os dizeres: “Fora Temer, eleições já”, deixando-as visível para quem descia o Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.
No momento em que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff completa seu desfecho no Senado, manifestações multiplicam-se em todo país e no exterior para dizer não ao golpe em curso no país. Nesta quarta-feira (31), uma vigília promovida pelos movimentos sociais ocorre no Palácio da Alvorada, prestando apoio à presidenta e resistindo contra o fim do regime democrático.
Contrários ao processo de impeachment que encontra seu desfecho no Senado nesta semana, a qual a presidenta Dilma Rousseff é submetida, diversos manifestantes saíram às ruas nesta segunda-feira (29) e também sairão nesta terça-feira (30) para mobilizar o povo contra o golpe parlamentar, jurídico e midiático que interrompeu o regime democrático brasileiro.
Por Laís Gouveia
Do lado de dentro do Senado, os senadores que apoiam o impeachment alegam que "a voz das ruas" cobra a saída de Dilma Rousseff. Mas não é isso que dizem as imagens dos dois atos que acontecem, na noite desta segunda (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Confira abaixo.
Dando continuidade a agenda proposta pelos movimentos sociais para denunciar o golpe de estado ocorrido no país, a presidenta Dilma participa nesta quarta-feira (24), em Brasília, de um ato em defesa da democracia convocado pela Frente Brasil Popular.
A Universidade de Brasília (UNB) repudiou nesta segunda-feira (20) o protesto organizado por um grupo de 15 pessoas que proferiu ofensas contra estudantes no campus da instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro. O episódio ocorrreu na noite de sexta-feira (17).
A Frente Povo Sem Medo, organização que reúne entidades de esquerda e liderada por Guilherme Boulos, segue atuando na luta contra o golpe de estado em curso no país e também pelo acesso popular à moradia. Nesta quarta-feira (25), a frente está organizando uma manifestação, em Brasília, para denunciar o governo ilegítimo Temer e todas as manobras da direita para impor a agenda do neoliberalismo, corrupção e retirada de conquistas sociais do povo brasileiro.
O diário britânico The Daily Mail circula nesta sexta-feira (20) com uma reportagem sobre a esposa do presidente ilegítimo Michel Temer, Marcela, repercutindo as críticas da população, que a acha "patricinha" demais em um momento que exige austeridade.