Na primeira semana da campanha eleitoral deste ano, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou que, este ano, houve uma redução no número de parlamentares candidatos a prefeito e vice. Na avaliação da entidade, essa dimunição decorre de três fatores: o fim do financiamento empresarial de campanha; o desgaste da imagem dos parlamentares em função das investigações da Operação Lava Jato; e a difícil situação financeira dos municípios.
A partir desta quarta-feira (20), inicia-se o processo de convenções eleitorais para que os partidos políticos possam eleger seus candidatos às vagas nas prefeituras e câmaras municipais. Seguindo o calendário eleitoral, também a partir de hoje (20), os partidos políticos e os candidatos poderão dar início à formalização de contratos que gerem despesas e gastos com a instalação física e virtual de seus comitês de campanha.
Com as mudanças nas regras eleitorais, as condições de disputa das eleições municipais deste ano terão que ser ainda mais planejadas e realizadas com muita atenção. Para facilitar as candidaturas dos comunistas, a direção do PCdoB criou um guia de orientações com informações das mais diversas áreas.
O depoimento de Mônica Moura – esposa e sócia do publicitário João Santana –, descontruiu a tese pretendida pelo juiz Sergio Moro de que os pagamentos recebidos pelo casal em suas contas no exterior comprovariam a existência de caixa 2 na campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2014. A empresária relatou que os pagamentos no exterior foram de campanhas que eles fizeram fora do Brasil.
O desmonte do PSDB já começa a atingir outros setores. Com a saída do senador Alvaro Dias do PSDB e sua filiação ao PV nos próximos dias, novas possibilidades entram em jogo na eleição de 2018. Em busca da candidatura à Presidência, Alvaro Dias já até participou do programa partidário do PV, que também conta, nos bastidores, com a colaboração do publicitário Pedro Guadalupe, conhecido em alguns meios da internet como marqueteiro do PSDB.
O Partido dos Trabalhadores entrou com uma ação, nesta segunda-feira (26), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Ministério Público Eleitoral (MPE) para que se apure irregularidades nas contas de campanha das eleições presidenciais do senador Aécio Neves (PSDB). Segundo o coordenador jurídico da campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, Flávio Caetano, cerca de 78% dos recibos da campanha foram alterados.
A judicialização da política foi uma estratégia adotada pela oposição tucana desde sua derrota nas urnas, em 2014, na tentativa de emplacar o terceiro turno. A tática resultou numa ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pleiteia a cassação dos mandatos da presidenta Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. Nesta terça-feira (6), o tribunal decidiu, por 5 votos a 2, reabrir a ação de investigação eleitoral.
Em debate nesta quarta-feira (9), parlamentares defenderam que a Câmara mantenha, no projeto da reforma eleitoral aprovado pelo Senado, a proibição das doações de empresas para campanhas eleitorais. Entretanto, esse ponto, não teve o aval do relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que rejeitou a mudança no Senado e votou a favor do texto da Câmara, no qual empresas poderão doar para partidos nas campanhas eleitorais.
Uma má apuração de um blog de jornalistas demitidos da revista Veja, acusando uma gráfica que prestou serviços à campanha de Dilma 2014 de ser “empresa fantasma”, serviu de base a um novo pedido de investigação contra a campanha.
Por Helena Sthephanowitz, na RBA
Nesta terça-feira (1º/9), o ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), remeteu novo pedido de investigação contra a campanha da presidenta Dilma Rousseff ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Em nota oficial, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva informou que a decisão do ministro Gilmar Mendes de pedir que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal investiguem eventuais crimes cometidos na prestação de contas do PT na campanha presidencial de 2014 será questionada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Câmara dos Deputados aprovou a redução do tempo de campanha nas ruas e nas redes de 90 para 45 dias, com o argumento de torná-la mais barata. É o clássico “jogar fora o bebê junto com a água do banho”, já que a medida reduz algo precioso na democracia: o tempo para discussão.
Por Nicolas Chernavsky*, no Brasil Debate