A profunda crise da economia dos Estados Unidos, que após impasse no Congresso norte-americano, aumentou o teto da dívida daquele país em US$ 2,1 trilhões, é, na opinião do deputado João Ananias (PCdoB-CE), sinal claro de exaustão do modelo capitalista. Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (2), o parlamentar anunciou que “o capitalismo exauriu sua capacidade de superar sua histórica crise, que vem se avolumando e se alastrando para nações ‘top de linha’”.
O aparecimento de dois novos elementos reestruturadores do capitalismo na passagem do século 20 para o 21 torna ainda mais complexo o entendimento acerca do seu funcionamento. Em primeiro lugar, o movimento de reestruturação do capital global decorre do colapso na liderança dos dois blocos de países que até pouco tempo atrás organizavam o mundo, a partir do final da 2ª Grande Guerra, quando os Estados Unidos assumiram, de fato, a posição de centro hegemônico capitalista.
Por Marcio Pochmann*
Alguns anos atrás, uma ideologia poderosa — a crença em mercados livres e irrestritos — levou o mundo à beira da ruína. Mesmo em seu apogeu, do início dos anos 80 até 2007, o capitalismo desregulado ao estilo americano só trouxe um maior bem-estar material para os muito ricos dos países ricos do mundo. Aliás, no curso de sua ascendência ideológica de 30 anos, a maioria dos americanos sofreu um declínio ou estagnação da renda ano após ano.
Por Joseph E. Stiglitz, no O Estado de S. Paulo
A Petrobras é a empresa brasileira que mais se destacou no ranking anual das 500 maiores companhias elaborado pela revista Fortune. Com faturamento de US$ 120,052 bilhões, a estatal passou de 54º lugar para 34º. A companhia petrolífera ainda aparece em oitavo lugar entre as empresas que mais lucraram em 2010, com US$ 19,184 bilhões — um crescimento de 23,7% em relação ao ano anterior.
É bastante conhecida a frase atribuída ao ex-chanceler alemão Otto von Bismarck (1815-1898), segundo a qual “os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as leis e as salsichas”. Pode-se, com certeza, acrescentar à citação famosa: “e os jornais”.
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
"O capital – como uma besta-fera – não pode ser enjaulado, controlado. A essência da lógica capitalista é a reprodução do capital, buscando sempre o lucro máximo". Leia a seguir a íntegra do pronunciamento do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, no seminário "Governos de esquerda e progressistas na América Latina e no Caribe – Balanço e perspectivas".
As mídias, as consultorias, os economistas, os bancos de investimentos, os presidentes dos bancos centrais, os ministros de fazenda, os governantes não fazem outra coisa que falar da "crise grega".
Por Atilio Boron, no Rebelión
De passagem pelo Brasil, o filósofo húngaro István Mészáros teve em sua agenda a conferência plenária “Crise estrutural necessita de mudança estrutural”, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no último dia 13. Ele foi recebido por uma plateia lotada com entusiasmo e sonoras palmas.
Em um determinado momento da Primeira Guerra Mundial, em uma trincheira, um soldado alemão envia uma mensagem informando que a situação por lá “era catastrófica, mas não era grave”. Em seguida, recebeu a resposta dos aliados austríacos afirmando que a situação deles era “grave, mas não catastrófica”.
Uma maratona de conferências ministeriais e reuniões antecedem nesta terça-feira (24) a Cúpula do Grupo dos Oito (G8) no balneário francês de Deauville, onde sob a atenção de todo o mundo as potências ocidentais preparam futuros cenários.
Por Fausto Triana, na agência Prensa Latina
A ONG CEARAH Periferia, com sede em Fortaleza, vai comemorar os seus 20 anos de existência, na próxima terça-feira, dia 19 de abril, com debate sobre o capitalismo. O evento tem inscrições gratuitas e acontece no auditório do Conselho de Contabilidade, a partir das 16h30.
O capitalismo necessita de adversários que atuem como corretivos da sua tendência para a irracionalidade e para a auto-destruição, a qual lhe advém da pulsão para funcionalizar ou destruir tudo o que pode interpor-se no seu inexorável caminho para a acumulação infinita de riqueza, por mais anti-sociais e injustas que sejam as consequências.
Por Boaventura de Sousa Santos*