Começou nesta segunda (29) a segunda parte do julgamento do Massacre do Carandiru no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. O início do Tribunal do Júri estava marcado para as 9 horas, mas começou às 11h20, a partir da formação do conselho de sentença. No momento, os jurados fazem a leitura das peças do processo.
Vinte e seis policiais militares vão ser julgados nesta segunda-feira (29), em São Paulo, pela participação no Massacre do Carandiru, em 1992. Os PMs foram responsabilizados pela morte de 73 dos 111 presos que perderam a vida na invasão do presídio.
A segunda parte do Tribunal do Júri do Massacre do Carandiru começa na próxima segunda-feira (29), às 9 horas, na capital paulista. Serão julgados, no Tribunal da Barra Funda, os 26 policiais militares (nove deles ainda na ativa) integrantes do 1º Batalhão de Choque, acusados da morte de 73 detentos no terceiro pavimento do Pavilhão 9 do antigo presídio.
A Pastoral Carcerária divulgou comunicado em que enaltece a responsabilização criminal de 23 dos 26 policiais envolvidos nas mortes de 13 detentos no Massacre do Carandiru, ocorrido em 2 de outubro de 1992. Neste fim de semana, os PMs foram condenados a 156 anos de reclusão cada, pelo Tribunal do Júri no Fórum da Barra Funda, na capital paulista.
Após o júri condenar, na madrugada deste domingo, os 23 policiais militares acusados pela morte de 13 presos, em 1992, na Casa de Detenção do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo, a Justiça os condenou a penas que, somadas, chegam a 156 anos de prisão para cada. Todos eles, no entanto, poderão recorrer da sentença em liberdade. Três dos 26 réus foram absolvidos.
Depois de quase 21 anos de espera e seis dias de julgamento, deve sair neste sábado (20) a sentença de 26 acusados de participação no chamado massacre do Carandiru. Nesta etapa estão sendo julgados os policiais da Rota que atuaram no segundo pavimento do Pavilhão 9, onde 15 pessoas morreram. Até o final do ano, devem ocorrer outros quatro julgamentos de 84 denunciados.
Apenas quatro dos 26 policiais militares acusados de matar 15 presos que ocupavam o segundo pavimento do Pavilhão 9 da antiga Casa de Detenção do Carandiru prestaram depoimento nesta sexta (19) no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, onde ocorre o julgamento do Massacre do Carandiru. Os demais decidiram permanecer em silêncio. Todos, porém, alegaram inocência.
Comecei a cumprir pena em 19 de julho de 1972. Lembro que, já naquela época, todas as vezes que os soldados da Polícia Militar invadiam a prisão, eles nos ameaçavam. Falavam que um dia viriam para matar, e depois riam debochados do arrepio que nos causavam. Engatilhavam armas em nossa cara e diziam que um dia apertariam o gatilho. Vivi com o pé deles em minha garganta até 5 de abril de 2004, quando fui solto.
Por Luiz Mendes*
A primeira testemunha de defesa ouvida, nesta terça-feira (16), no julgamento do Massacre do Carandiru, o desembargador Ivo de Almeida, caracterizou como "desorganizada" a entrada da Polícia Militar no Pavilhão 9, para conter a rebelião ocorrida no dia 2 de outubro de 1992.
Pela acusação, o ex-detento Marco Antônio de Moura foi o primeiro a falar. Pelo menos mais duas pessoas convocadas pela promotoria devem ser ouvidas nesta segunda-feira (15), entre elas, Luiz Alexandre Freitas, detento à época do massacre, e o perito Osvaldo Negrini, autor do principal laudo sobre a morte dos presos.
Depois de ter sido adiada na semana passada, tem início nesta segunda (15) a primeira etapa do julgamento dos acusados de envolvimento no Massacre do Carandiru. O júri popular será realizado no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
O júri popular de 26 policiais militares acusados pela morte de 15 detentos do antigo complexo penitenciário do Carandiru, que começou nesta segunda-feira (8) no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de SP), foi adiado para terça-feira (15), às 9h, no mesmo local. Uma das juradas teve problemas de saúde e precisou ser dispensada e, por isso, o corpo de jurados precisou ser dissolvidos.