O contraventor Carlos Cachoeira e mais quatro integrantes da organização criminosa liderada por ele, além de "laranjas" usados para as operações fraudulentas do grupo, tiveram a perda de bens decretada pela Justiça Federal. O valor total dos bens a serem entregues à União supera R$ 100 milhões.
O Tribunal Regional do Trabalho de Goiás (18ª Região) realizará no próximo dia 26 o julgamento do processo disciplinar para apurar as suspeitas de envolvimento do juiz Júlio César Cardoso de Brito com membros de organização ligada ao empresário Carlinhos Cachoeira. A sessão será pública, conforme os termos da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
O contraventor Carlinhos Cachoeira foi condenado à pena de 39 anos, oito meses e dez dias no processo referente à Operação Monte Carlo, que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste. A sentença foi dada nesta sexta-feira (7) pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara Federal de Goiás.
Um dossiê contra o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) apreendido pela Polícia Federal na casa de Adriano Aprígio, ex-cunhado de Carlinhos Cachoeira, levou a Procuradoria-Geral da República a ressuscitar uma investigação sobre a suposta existência de contas do tucano no exterior.
Com depoimento marcado para a próxima quarta-feira (8), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, Andrea Aprígio de Souza, conseguiu nesta segunda (6) uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que garante a ela o direito de se calar.
O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deixará nesta quarta-feira (31) o presídio da Papuda, em Brasília, onde está preso há mais de cinco meses, para acompanhar na Justiça do Distrito Federal a audiência do processo em que responde por formação de quadrilha e tráfico de influência no sistema de transporte coletivo do DF. Ele é acusado de tentar articular um esquema para conseguir operar o sistema de bilhetagem eletrônica.
O nome do candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) é citado por um dos investigados do esquema Cachoeira numa discussão sobre remessa de dinheiro ao exterior.
O escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos deixou oficialmente nesta terça-feira (31) a defesa do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A detenção da noiva de Cachoeira, Andressa Mendonça – envolvida na corrupção do juiz responsável pela Operação Montecarlo, que resultou na prisão do contraventor – teria sido o estopim para a saída.
A Lei 12.694, publicada nesta quarta-feira (25), pela presidente Dilma Rousseff pode coibir ameaças como a que ocorreu com o juiz Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pelo caso Cachoeira. Segundo a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), há estimativas de que, atualmente, 400 juízes são, ou se sentem, ameaçados pelo crime organizado no Brasil.
O governo federal quer rapidez nas investigações sobre a morte do agente da Polícia Federal, Wilton Tapajós Macedo, assassinado a tiros na última terça-feira (17), quando visitava o túmulo dos pais no Distrito Federal.
Tucanos e demos ainda esperneiam e se agarram à estaca fixada por José Serra, em abril: "Sinceramente, eu dou meu voto de confiança ao Marconi Perillo", disse então o ex-governador de São Paulo ao Estadão (14-04-2012).
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) informou nesta quarta-feira (18) que já tem um suspeito do assassinato. A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou também que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília.