Na última sexta-feira (8), em pronunciamento nacional, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a implementação da Medida Provisória 609, que desonera de impostos federais os produtos que compõem a cesta básica. A notícia repercutiu positivamente em diversos setores da sociedade.
Joanne Mota e Erika Ceconi, da Rádio Vermelho em São Paulo
Anunciada na última sexta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, pela presidenta Dilma Rousseff, a Medida Provisória 609, que desonera de impostos federais os produtos que compõem a cesta básica, foi recebida pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) com total apoio. Em nota, o presidente da CTB, Wagner Gomes, destacou que a "iniciativa veio em boa hora e merece total apoio da classe trabalhadora brasileira".
Nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, a presidenta Dilma Rousseff voltou a ocupar a rede nacional de rádio e TV para anunciar o corte dos impostos nos produtos da cesta básica. A medida visa baratear o custo da alimentação na mesa dos brasileiros e combater a inflação. De imediato, o PSDB estrebuchou e a mídia acusou a iniciativa de “populista” e “eleitoreira”.
*Por Altamiro Borges, em seu blog
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Yamada garantiu nesta segunda-feira (11) que a redução de impostos federais anunciada na última sexta-feira (8) pela presidente Dilma Rousseff já foi repassada em parte aos itens da cesta básica.
A presidenta Dilma Rousseff anunciou na última sexta-feira (8) a desoneração da cesta básica. Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV por ocasião do Dia Internacional da Mulher, Dilma afirmou que todos os produtos da cesta básica estarão livres do pagamento de impostos federais. A presidenta disse esperar que a medida estimule a agricultura, a indústria e o comércio e gere mais empregos.
A redução a zero de impostos federais para a cesta básica fará o governo deixar de arrecadar R$ 5,54 bilhões em 2013, informou o Ministério da Fazenda.
Dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quinta-feira (7), mostram que em fevereiro, os preços dos gêneros alimentícios essenciais subiram em 15 das 18 capitais pesquisadas.
O deputado Assis Carvalho (PT-PI) criticou a tentativa do PSDB de assumir como sua a autoria da proposta de desoneração dos produtos da cesta básica. Carvalho é um dos signatários de projeto de lei sobre o tema, apresentado em fevereiro do ano passado. Em abril, o então líder tucano na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), apresentou a íntegra do texto do projeto petista na forma de emenda a uma Medida Provisória (MP) aprovada na Câmara em julho.
A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (5) que o governo estuda a desoneração integral da cesta básica, além de uma revisão dos itens que fazem parte dela, porque o conceito atual estaria "ultrapassado".
Os preços da cesta básica tiveram alta generalizada, em 2012, nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, segundo levantamento divulgado hoje (7). Em nove cidades, a elevação foi acima de 10%, com destaque para três municípios da região Nordeste: Fortaleza (17,46%), João Pessoa (16,47%) e Recife (15,26%).
A cesta básica apresentou aumento de preços em outubro em nove das 17 capitais pesquisadas. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse número é igual ao verificado em setembro. Pelos cálculos do órgão, o trabalhador deveria receber um salário mínimo de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes acima do piso oficial (R$ 622,00), para garantir o sustento básico da família.
Os preços dos itens da cesta básica aumentou em setembro em nove das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Florianópolis (5,23%), Belo Horizonte (3,23%) e Manaus (2,50%). As principais quedas foram apuradas em Goiânia (-5,22%), Salvador (-3,34%) e Aracaju (-2,44%).