O advogado de Aldo Arantes e Haroldo Lima, por ocasião das prisões e torturas de ambos, conta como aquele caso influenciou sua decisão de dedicar-se, por toda a vida, a defesa de presos políticos. Greenhalgh lembra detalhes daquele episódio, revelando os meandros da Justiça durante o regime militar.
Por André Javier Pereira Payar
Ato na Câmara Municipal homenageou os mártires do massacre: Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drumond. Mas também disputa a memória sobre a resistência à ditadura militar, assim como reafirma a capacidade dos militantes comunistas levarem seus ideais às últimas consequências.
Por César Xavier, do Portal Grabois
No livro que produzi para a Fundação Maurício Grabois em 2012 – “Vidas, veredas: paixão”, com o subtítulo “Memórias da saga comunista” – dediquei algumas páginas ao que ficou conhecido como a Chacina da Lapa. Há exatos 40 anos, a repressão da ditadura militar então vigente no País, invadiu a casa onde acabara de se realizar uma reunião do Comitê Central do PCdoB.
Por Luiz Manfredini*
Nesta data, 16 de dezembro, na "noite dos chacais, no Brasil dos generais", ocorreu há 40 anos a "Chacina da Lapa", quando sicários da ditadura militar assassinaram Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drummond, dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). São heróis do povo brasileiro que seguem inspirando a atual geração de lutadores pela liberdade, e os militantes comunistas em seus esforços pela permanente construção de um partido revolucionário. Glória eterna!
O ano de 1976 estava sendo bom para o PCdoB. Trabalhávamos animados porque a resistência contra a ditadura militar crescia em toda parte.
A ditadura já atingira 12 anos de violência e opressão sobre o povo brasileiro quanto ocorreu a Chacina da Lapa. O Comitê Central do Partido se reunira para fazer avaliação e tirar lições da heroica experiência da Guerrilha do Araguaia.
Por Aldo Arantes*
Em dezembro de 1976 o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar. Ela se encontrava, então, numa complexa retirada estratégica. Por um lado prometia distensão lenta e segura, de “retorno ao Estado de Direito”. Por outro, suas forças de segurança faziam perseguição feroz a todos que se opunham ao regime.
Por Wladimir Pomar*
O tempo interfere implacável na apreciação dos fatos. Primeiro, esmaecendo a visão dos acontecimentos, cada vez mais difusos e distantes. Depois, ajudando a esclarecer se um episódio determinado registra um fato efêmero, secundário, ou se retrata um marco importante, de valor histórico.
Por Haroldo Lima*
Na última terça-feira (13), a Câmara Muncipal de São Paulo, através do vereador Jamil Murad (PCdoB) realizou sessão no Salão Nobre uma homenagem aos mártires da Chacina da Lapa. Na ocasião, o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino fez uma emocionada intervenção em nome da Presidência do Partido Comunista do Brasil pelos 40 anos de o fato ter ocorrido. A seguir, a íntegra de sua fala no evento:
O ato em homenagem aos três últimos mártires da luta contra a ditadura militar, vítimas da Chacina da Lapa ocorrida há 40 anos, no dia 16 de dezembro de 2016 acontecerá nesta terça-feira (13), a partir das 19 horas, na Câmara Municipal de São Paulo. A iniciativa é do vereador Jamil Murad (PCdoB), em parceira com a Fundação Mauricio Grabois. O evento pode ser acompanhado ao vivo:
O massacre conhecido por Chacina da Lapa repercutiu internacionalmente. Diversas manifestações de repúdio às ações do governo militar, incluindo um manifesto assinado por 40 mil pessoas. Em Lisboa, a musica Sangue em Flor foi composta em homenagem aos militantes presos e mortos na operação. Abaixo a letra da música, composta pelo grupo Ação Cultural Vozes na Luta, de Portugal, em 1977 e apresentada em ato público.
Confira a seguir as notas biográficas de Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drummond, os três dirigentes comunistas assassinados há 30 anos durante o episódio que ficou conhecido como Chacina da Lapa.