Em um vídeo divulgado na na abertura da XXV “Conferência das Partes da Convenção-Quadro”, das Nações Unidas, sobre Mudanças Climáticas (CO25), realizada em Madri, capital da Espanha, o presidente chileno Sebastián Piñera falou sobre a situação do seu país, que assiste a um verdadeiro levante popular contra o neoliberalismo.
Uma intervenção potente tem tomado as redes sociais desde o último dia 25 de novembro, data mundial de combate a violência contra a mulher e marco inicial dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Em fila mulheres vendadas fazem passos firmes e em coro cantam contra a violência de gênero. A letra, em espanhol, fala em uma língua universal compreendida por mulheres e meninas em todo o mundo: "el violador eres tú!".
Por Ana Cristina Santos*
Atacante chileno, que teve a mãe torturada pela ditadura, marcou época na Espanha depois de deixar seu país em meio às tensões sociais que precederam o golpe militar de 1973.
Por Alfredo Relaño, do El Pais
Numa sociedade que é uma das mais desiguais, a prestação de serviços públicos é regida por regras puramente comerciais, que incluem mecanismos ágeis de exclusão de usuários. Quase tudo é pago e, para muitos, caro ou inacessível.
Por Emilio Chernavsky*
Manifestações prosseguem e violência policial recrudesce.
Povo luta por uma nova Constituição, com um mínimo de direito.
Carta de 1980 não estabelece itens como saúde e educação como obrigações do Estado, tampouco reconhece direito dos povos nativos.
Declaração pública sobre proposta para se chegar a um acordo entre a oposição e o governo para uma nova Constituição.
Após um mês de protestos, com dezenas de milhares de manifestantes nas ruas, o Congresso do Chile anunciou, nas primeiras horas desta sexta-feira (15), um acordo histórico entre governo e oposição: será convocado para abril de 2020 um plebiscito sobre uma nova Constituição, que substituirá a atual Carta Magna, promulgada sob a ditadura de Augusto Pinochet. É uma vitória da mobilização popular que emparedou o governo neoliberal de presidente Sebastián Piñera e cobrou profundas reformas sociais.
Um tribunal em Santiago acatou uma denúncia contra o presidente do Chile, Sebastián Piñera, e outras autoridades do país, por responsabilidade em supostos crimes contra a humanidade cometidos durante a crise social que o Chile vive há quase três semanas e que matou 20 pessoas. A ação foi encaminhada por 16 advogados de organizações de direitos humanos, segundo informação divulgada na noite de quarta-feira (06/11) pela imprensa local.
“Não voltaremos à normalidade porque a normalidade era o problema.” A frase, estampada em cartazes nas manifestações que tomam as ruas do Chile há três semanas, está refletida nos resultados de uma pesquisa recém-publicada pela Universidade do Chile. Segundo o levantamento, 85,8% da população apoia os protestos e 83,9% concordam com que sejam feitas mudanças na atual Constituição , herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
“Tienen la fuerza, podrán avasallarnos, pero no se detienen los procesos sociales ni con el crimen ni con la fuerza. La historia es nuestra y la hacen los pueblos”.
Salvador Allende