Antes do início das manifestações diárias, o país viveu dez meses de turbulências econômicas que servem para explicar o que aconteceu depois, embora sejam os mesmos problemas que o país enfrenta há décadas
O relatório da missão enviada pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, ao Chile, conclui que “existem razões bem fundamentadas para sustentar que, em 18 de outubro, houve um alto número de violações direitos humanos sérios”.
"Não é necessário repetir que não existe uma única causa, ou alguma causa necessária, que explique a “revolta latina” que começou no início do mês de outubro."
Por José Luis Fiori*
Em um vídeo divulgado na na abertura da XXV “Conferência das Partes da Convenção-Quadro”, das Nações Unidas, sobre Mudanças Climáticas (CO25), realizada em Madri, capital da Espanha, o presidente chileno Sebastián Piñera falou sobre a situação do seu país, que assiste a um verdadeiro levante popular contra o neoliberalismo.
Uma intervenção potente tem tomado as redes sociais desde o último dia 25 de novembro, data mundial de combate a violência contra a mulher e marco inicial dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Em fila mulheres vendadas fazem passos firmes e em coro cantam contra a violência de gênero. A letra, em espanhol, fala em uma língua universal compreendida por mulheres e meninas em todo o mundo: "el violador eres tú!".
Por Ana Cristina Santos*
Atacante chileno, que teve a mãe torturada pela ditadura, marcou época na Espanha depois de deixar seu país em meio às tensões sociais que precederam o golpe militar de 1973.
Por Alfredo Relaño, do El Pais
Numa sociedade que é uma das mais desiguais, a prestação de serviços públicos é regida por regras puramente comerciais, que incluem mecanismos ágeis de exclusão de usuários. Quase tudo é pago e, para muitos, caro ou inacessível.
Por Emilio Chernavsky*
Manifestações prosseguem e violência policial recrudesce.
Povo luta por uma nova Constituição, com um mínimo de direito.
Carta de 1980 não estabelece itens como saúde e educação como obrigações do Estado, tampouco reconhece direito dos povos nativos.
Declaração pública sobre proposta para se chegar a um acordo entre a oposição e o governo para uma nova Constituição.
Após um mês de protestos, com dezenas de milhares de manifestantes nas ruas, o Congresso do Chile anunciou, nas primeiras horas desta sexta-feira (15), um acordo histórico entre governo e oposição: será convocado para abril de 2020 um plebiscito sobre uma nova Constituição, que substituirá a atual Carta Magna, promulgada sob a ditadura de Augusto Pinochet. É uma vitória da mobilização popular que emparedou o governo neoliberal de presidente Sebastián Piñera e cobrou profundas reformas sociais.