Pelo menos 300 detidos em nível nacional, 39 feridos e milhões de pesos em perdas por depredação do patrimônio público e privado. Este foi o balanço oficial das manifestações estudantis ocorridas nesta terça-feira (9) no Chile para exigir uma educação gratuita e de qualidade.
Cerca de cem mil estudantes chilenos marcharam nesta terça-feira (9) pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. Os estudantes também exigem que o governo obrigue as universidades privadas a serem instituições sem fins lucrativos, como determina a lei.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou nesta terça-feira (9) um projeto de lei que autoriza a união civil de casais homossexuais, cumprindo uma promessa de campanha que beneficiará mais de dois milhões de pessoas no país.
Os estudantes e professores chilenos seguem mobilizados em defesa de uma educação pública e de qualidade. Os movimentos reafirmaram hoje a convocação de uma greve e uma passeata para esta terça-feira (9), à qual também se incorporarão outros setores sociais.
O deputado Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista do Chile, assegurou que estão tentando instalar no país um clima de violência refletido na repressão policial descarregada contra estudantes e professores.
Mais uma vez, milhares de manifestantes saíram às ruas neste domingo (7) em Santiago, capital do Chile, em defesa de mudanças na educação. O protesto, denominado Marcha Familiar, foi convocado por estudantes do ensino secundário e por associações de pais. Há dois meses estudantes e professores lideram manifestações em todo o país em protesto às medidas anunciadas pelo governo.
O conflito entre o governo chileno e os estudantes por mudanças no modelo educacional do país viveu seu episódio mais violento no mesmo dia em que o principal instituto de pesquisas do Chile apontou que a popularidade do presidente Sebastián chegou a 26%, a menor já registrada desde o fim da ditadura, e ao mesmo tempo, que a população apoia as reivindicações estudantis.
A diretora da ONG de direitos humanos Anistia Internacional no Chile, Ana Piquer, afirmou nesta sexta-feira (05) que “é fundamental que se investiguem as alegações de violação dos direitos humanos” ocorridas na quinta (4), quando o governo do presidente Sebastián Piñera impediu a realização de protestos estudantis em Santiago e deteve quase centenas de pessoas em menos de 24 horas em todo o país.
A pressão por mudanças no sistema educacional do Chile levou o governo do presidente Sebastián Piñera a propor 21 novas medidas, na última segunda-feira (1º/8), entre as quais está a garantia constitucional do direito à uma educação de qualidade.
Um ano depois do acidente com os 33 mineiros soterrados no Norte do Chile, os trabalhadores ainda buscam uma ocupação estável e muitos estão em tratamento de saúde. Do grupo, sete estão de licença-médica devido a transtornos do sono e depressão, enquanto cinco se tratam de alcoolismo e 14 pediram aposentadoria antecipada por se sentirem incapazes de voltar a trabalhar.
O cada vez mais impopular presidente do Chile, Sebastián Piñera, aumentou a repressão aos estudantes e professores que protestam contra os descalabros do governo. A truculência policial sobre os manifestantes levou à prisão 552 pessoas em várias cidades.
Os conflitos entre manifestantes e policiais nesta quinta-feira (4) no Chile levaram à prisão 552 pessoas em várias cidades. Desobedecendo à proibição de protestos do governo chileno, estudantes lideraram as manifestações e ocuparam várias ruas de Santiago e do interior.