Os estudantes chilenos, que se encontram em luta e mobilizados por uma educação de qualidade, estão dispostos a abrir o diálogo com o Congresso de seu país, declarou a presidente da Federação de Estudantes do Chile (Fech), Camila Vallejo. Os presidentes da Câmara e do Senado propuseram criar uma mesa de diálogo com a Federação dos Estudantes Chilenos.
A capital do Chile, Santiago, vive nesta quinta-feira (11) mais um dia confrontos entre manifestantes e policiais em frente ao prédio principal da Universidade Tecnológica Metropolitana. O tráfego na área foi interrompido por um grupo de homens encapuzados. Na tentativa de desbloquear as avenidas, os policiais entraram em choque com os encapuzados.
Estudantes chilenos que vivem na Argentina saíram às ruas de Buenos Aires nesta terça-feira (09) em apoio ao protesto de seus compatriotas e pediram mudanças no sistema educacional chileno. Centenas de jovens marcharam do Obelisco até a sede do consulado chileno, aos gritos de "e vai cair, e vai cair, a educação de Pinochet", em referência ao modelo implantado durante o governo do ditador Augusto Pinochet (1973-1990).
Pelo menos 300 detidos em nível nacional, 39 feridos e milhões de pesos em perdas por depredação do patrimônio público e privado. Este foi o balanço oficial das manifestações estudantis ocorridas nesta terça-feira (9) no Chile para exigir uma educação gratuita e de qualidade.
Cerca de cem mil estudantes chilenos marcharam nesta terça-feira (9) pelas ruas de Santiago e pelas principais cidades do país, exigindo educação pública e gratuita para todos. Os estudantes também exigem que o governo obrigue as universidades privadas a serem instituições sem fins lucrativos, como determina a lei.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, assinou nesta terça-feira (9) um projeto de lei que autoriza a união civil de casais homossexuais, cumprindo uma promessa de campanha que beneficiará mais de dois milhões de pessoas no país.
Os estudantes e professores chilenos seguem mobilizados em defesa de uma educação pública e de qualidade. Os movimentos reafirmaram hoje a convocação de uma greve e uma passeata para esta terça-feira (9), à qual também se incorporarão outros setores sociais.
O deputado Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista do Chile, assegurou que estão tentando instalar no país um clima de violência refletido na repressão policial descarregada contra estudantes e professores.
Mais uma vez, milhares de manifestantes saíram às ruas neste domingo (7) em Santiago, capital do Chile, em defesa de mudanças na educação. O protesto, denominado Marcha Familiar, foi convocado por estudantes do ensino secundário e por associações de pais. Há dois meses estudantes e professores lideram manifestações em todo o país em protesto às medidas anunciadas pelo governo.
O conflito entre o governo chileno e os estudantes por mudanças no modelo educacional do país viveu seu episódio mais violento no mesmo dia em que o principal instituto de pesquisas do Chile apontou que a popularidade do presidente Sebastián chegou a 26%, a menor já registrada desde o fim da ditadura, e ao mesmo tempo, que a população apoia as reivindicações estudantis.
A diretora da ONG de direitos humanos Anistia Internacional no Chile, Ana Piquer, afirmou nesta sexta-feira (05) que “é fundamental que se investiguem as alegações de violação dos direitos humanos” ocorridas na quinta (4), quando o governo do presidente Sebastián Piñera impediu a realização de protestos estudantis em Santiago e deteve quase centenas de pessoas em menos de 24 horas em todo o país.
A pressão por mudanças no sistema educacional do Chile levou o governo do presidente Sebastián Piñera a propor 21 novas medidas, na última segunda-feira (1º/8), entre as quais está a garantia constitucional do direito à uma educação de qualidade.