Diretora de Democracia em Vertigem afirma que ver “de perto” o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff foi uma experiência “deprimente e única”
Filme brasileiro, dirigido por Petra Costa, é um dos cinco finalistas na categoria de melhor documentário de longa-metragem
Longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles fala de força social e justiça popular, leva mais de 730 mil pessoas aos cinemas e é prova viva de um diálogo real com seus espectadores
O diretor Karim Aïnouz, de A Vida Invisível, criticou nesta terça-feira (10) o veto à exibição de seu filme a servidores da Agência Nacional de Cinema (Ancine). Vencedor da mostra “Um Certo Olhar”, no Festival de Cannes, o longa é o representante brasileiro na disputa por uma vaga no Oscar 2020 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. A censura à sua exibição partiu da nova secretária do Audiovisual – a ultradireitista Katiane Gouvêa, integrante da Cúpula Conservadora das Américas.
Com somente um diretor, pressionada por crises e pelo TCU, a Agência Nacional do Cinema analisou só seis prestações de contas entre janeiro e agosto. O audiovisual brasileiro corre o risco de ficar paralisado. Desde a posse de Jair Bolsonaro na Presidência, o governo federal não assinou um único ato legal relativo ao cinema – não indiciou nenhum diretor para a Ancine, não nomeou o Conselho Superior de Cinema, nem publicou o decreto da cota de tela.
Por Ana Paula Souza*
Uma crônica política sobre a teimosia em ser gente e permanecer no mapa brasileiro.
Por Xico Sá, do El Pais
"É possível que o Norte e o Nordeste do país permaneçam uma novidade refrescante para o Brasil e para o mundo. Com a diferença de que, enquanto o crítico brasileiro repete clichês sobre a nossa cinematografia ser escrachada demais, Bacurau abocanha tantos prêmios internacionais importantes quanto a Terra é redonda".
Por Carolina Mello*
Bacurau é sobre o sertão, mas, como bem notou Guimarães Rosa, “o sertão é do tamanho do mundo”. O Nordeste está sobretudo na linguagem que o filme adota para contar uma história tão universal quanto sua cena de abertura.
Por Diego Antonio Perini Milão*
Série de medidas busca erodir o poder diretivo da Ancine
O cineasta Manoel Rangel diz que o Estado “deve se manter longe da escolha de temas, conteúdos e abordagens das obras audiovisuais”. Membro do Comitê Central do PCdoB, Rangel foi presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema) de 2006 a 2017. Em entrevista à Folha de S.Paulo, concedida na segunda-feira (22), Rangel criticou a ameaça do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de extinguir a agência caso não seja possível usar filtros na aprovação de produções nacionais. Confira.
A atriz Débora Falabella, o cantor Caetano Veloso e o diretor-presidente do Instituto Inhotim, Antonio Grassi, estão entre os mais de 800 representantes da classe artística que assinam carta de repúdio à ideia de impor censura à Ancine (Agência Nacional do Cinema). O documento foi elaborado pelo movimento suprapartidário Artigo 5º. “Percebemos uma ameaça ao estado da livre expressão garantido na Constituição”, diz a gestora cultural Tatyana Rubim, uma das articuladoras do grupo.
Na última quinta (18), Jair Bolsonaro disse que quer mexer na Ancine, porque não pode admitir que façam filmes como Bruna Surfistinha (sic). Eu fiz o roteiro de Bruna Surfistinha e fui premiada pela Academia Brasileira de Cinema por este trabalho, que atraiu 2,2 milhões de espectadores, gerando uma renda de R$ 20 milhões, além de outros R$ 10 milhões em impostos, diretos e indiretos.
Por Antonia Pellegrino*