A Comissão Nacional da Verdade apresentou nesta terça-feira (21) em Brasília o balanço de seu primeiro ano de atividades. A CNV realizou 15 audiências públicas em nove unidades da federação e percorreu todas as cinco regiões do país. Nesse período, a Comissão colheu 268 depoimentos (de vítimas, testemunhas e agentes da repressão da ditadura civil-militar de 1964-1985), sendo 207 de vítimas e testemunhas de graves violações de direitos humanos.
A Marinha Brasileira ocultou informações sobre mortes cometidas durante a ditadura militar. É o que revelou a Comissão Nacional da Verdade ao apresentar o balanço de um ano de suas atividades.
Começa nesta terça-feira (21) a fase de depoimentos de vítimas e testemunhas da ditadura pela Comissão de Memória e Verdade Anísio Teixeira da Universidade de Brasília (UnB). Assim como a Comissão Nacional da Verdade (CNV), a da UnB remonta ao período militar, mas o foco são as perseguições e os abusos sofridos por alunos, professores e funcionários da instituição.
A Câmara Municipal de São Paulo recebeu na noite desta segunda-feira (20), uma emocionante sessão solene para marcar o centenário do dirigente histórico do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Pedro Pomar – covardemente assassinado pelo Comando do Exército na Chacina da Lapa, em 1976. Familiares de Ângelo Arroyo e João Amazonas também estiveram presentes na homenagem.
A Comissão Nacional da Verdade estuda incluir em seu relatório final uma recomendação que possibilite a responsabilização de agentes públicos ligados a crimes na ditadura militar (1964-1985).
Ao fazer o balanço de um ano de atividades da Comissão Nacional da Verdade (CNV), completado nesta quinta-feira (16), a Anistia Internacional destacou que o Brasil não precisa ter medo de esconder a verdade e que a Comissão precisava fazer mais audiências públicas abertas para a sociedade.
Na próxima segunda-feira (20), a Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva” realizará uma audiência pública para discutir a situação das ossadas da Vala de Perus e também o “Dia Estadual em Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos”, celebrado no dia 4 de setembro, data em que, em 1990, foi aberta esta conhecida vala clandestina, localizada no Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, na capital paulista.
A primeira sessão da Comissão Especial da Verdade da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), criada na última terça-feira (14/5) para investigar as violações dos direitos humanos na Bahia durante a ditadura militar, está marcada para acontecer na próxima terça-feira (21), em Salvador. Na abertura, o colegiado será apresentado oficialmente e um calendário de atividades será elaborado.
Detalhes da execução do casal João Antônio dos Santos Abi Eçab e Catarina Abi Eçab foram revelados nesta quinta-feira (16) pelo soldado do Exército Valdemar Martins de Oliveira em depoimento prestado à Comissão da Verdade do Estado de São Paulo. Os dois estudantes de filosofia foram mortos em 1968.
Foi o que declarou a Victória Lavínia Grabois, filha de Maurício Grabois, ao falar sobre a luta pela verdade no Brasil e o sentimento de impunidade que ainda vigora pelo país. Segundo ela, "precisamos entender que se hoje convivemos com altos índices de violência, uma das principais causas é a impunidade, assim, não podemos virar essa página da história sem entender o que foi a Ditadura no Brasil ".
Joanne Mota, da Rádio Vermelho com A RadioAgência Nacional
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), enquanto membro integrante do Grupo de Trabalho dos Trabalhadores organizado pela Comissão Nacional da Verdade, está se mobilizando para levantar, junto a seus sindicatos, todas as informações possíveis para auxiliar nas investigações.
A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo quer ouvir o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Ele receberá nos próximos dias um convite para prestar esclarecimentos sobre o Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, que foi usado para o sepultamento de pessoas mortas pelos serviços de repressão política, nos anos da ditadura militar – entre 1964 e 1985.