A Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investiga graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre 1946 e 1988, contará com 11 novos cargos de assessoria, de um total de 25 postos diretos, além dos sete membros do órgão, de servidores requisitados, estagiários e colaboradores eventuais. De acordo com o governo, o aumento se justifica pelo volume de trabalho e o pouco prazo.
O ex-procurador Geral da República Cláudio Fonteles, um dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade, quer que seja feita revisão da história do Brasil durante o governo militar, iniciado em 1964, nos livros didáticos usados em todas as escolas militares, assim como nas publicações usadas em escolas civis.
O que um representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) faria em um centro de torturas da ditadura civil-militar (1964-1985) durante madrugadas? O que levaria um cônsul dos Estados Unidos a esse mesmo lugar repetidas vezes, por longas horas?
Por Patrícia Benvenuti, no Brasil de Fato
Cláudio Fonteles se despede da coordenação da Comissão Nacional da Verdade na sexta-feira (15). Em um ano, o ex-procurador-geral da República divulgou 14 informações relevantes sobre os crimes da ditadura. A mais recente, a comprovação do assassinato nas dependências do DOI-Codi do deputado Rubens Paiva.
Por Gabriel Bonis, na CartaCapital
A instalação da Comissão da Verdade no Brasil em maio de 2012, apesar de grande atraso em relação às de outros países que atravessaram períodos autoritários recentes, merece comemoração e constitui um inegável avanço para a consolidação de nossa democracia.
Por Otávio Dias de Souza Ferreira*
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles, defende que a sociedade participe de todo o processo de discussão e elaboração das recomendações da CNV. “A sociedade deve ser consultada sobre temas que possam constar das recomendações”, afirmou.
O jornalista Antonio Carlos Fon, juntamente com outros lutadores contra a ditadura, visitou nesta terça-feira (29) as instalações onde funcionou o centro de torturas do Doi-Codi na rua Tutóia, em São Paulo, que a Comissão da Verdade reivindica transformas no Museu da Tortura. Juntamente com os demais, Fon foi torturado naquele local e registrou, no texto a seguir seus sentimentos durante a visita.
O coordenador da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Cláudio Fonteles, faz nestas segunda-feira (28) e terça-feira (29) as primeiras reuniões de 2013 para “estreitar mais” o trabalho dos conselheiros a fim de que o relatório final da comissão seja concluído ainda neste ano.
A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo vai propor a revisão do brasão de armas da Polícia Militar paulista. Desde 1981, o símbolo presta homenagem ao golpe de Estado de 1964, que implantou a ditadura militar no país.
A Comissão Nacional da Verdade investiga a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek e de seu motorista Geraldo Ribeiro, em 22 de agosto de 1976. As investigações tiveram início a partir de relatório entregue à comissão pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil – Minas Gerais).
Em novembro passado, o empresário baiano Boris Tabacof, 84 anos, superou um trauma e contou, pela primeira vez, inclusive para membros de sua família, fatos ocorridos há exatos 60 anos: as torturas que sofreu em 1952 durante a prisão, em virtude do apoio que dava, na Bahia, a um grupo de militares nacionalistas e comunistas que foram perseguidos nas Forças Armadas durante o governo eleito de Vargas (51-54