A Comissão Parlamentar da Verdade da Câmara quer tornar público os assassinatos de dois mil indígenas durante o regime militar, entre os anos de 1972 e 1975. Os índios da etnia waimiri-atroari eram contrários à construção da BR-174, que liga Manaus e Boa Vista e corta a área original da reserva indígena no Amazonas.
Dos cerca de 100 manifestantes que participaram de um ato em frente ao prédio do antigo DOPS do Rio de Janeiro, 70% eram de pessoas que não eram nascidas durante a ditadura. “A juventude está na rua. E continuará na rua porque entendeu que a luta por memória, verdade e justiça não é uma luta do passado”, disse Eduardo Beniacar, estudante de ciências sociais da UFF.
Por Rodrigo Otávio
Em 17 de outubro de 2011, uma jovem de 24 anos esperava ansiosa pela entrevista que anunciava o retorno do programa de entrevista Roda Viva, da TV Cultura. No centro, cabo Anselmo, que delatou diversos militantes à ditadura que mortos ou desaparecidos. Aquele homem falando abertamente ao vivo na televisão, impune, causou-lhe tamanha indignação que, quando se deu conta, estava com uma amiga na porta da emissora, em São Paulo, arremessando dois ovos no carro que o levava embora.
Para discutir a instalação da Comissão de Verdade, o Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai realizar, de 9 e 11 de maio, no Rio de Janeiro, o Simpósio Internacional de História Contemporânea: Memória, Trauma e Reparação.
As revelações do ex-delegado capixaba Antônio Cláudio Guerra, do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), no livro Memórias de uma Guerra Suja, sobre as torturas e os assassinatos de militantes de esquerda por agentes da ditadura trouxeram mais uma vez à tona o debate sobre a necessidade do esclarecimento das barbáries cometidas pelo regime militar (1964-1985).
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho
Após a patética festa dos militares em comemoração ao Golpe de 1964, o PCdoB e suas entidades voltam às ruas para clamar por Justiça, para exigir que os Arquivos da Ditadura Militar sejam abertos
De acordo com o coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, Gilney Viana, a efervescência social suscitada pela expectativa de instalação da Comissão da Verdade tem provocado o surgimento de novas denúncias, que reforçam a tese de que o impacto da ditadura militar na vida dos brasileiros é muito superior ao conhecido. Nesse contexto, as parcerias são fundamentais para resgatar a memória dos trabalhadores brasileiros no período.
Por Najla Passos, na Carta Maior
Ativistas dos direitos humanos e ex-perseguidos políticos da ditadura militar fizeram uma passeata no início da noite desta sexta-feira (27) na Avenida Paulista, na região central da cidade de São Paulo. Após a caminhada, eles entregaram uma carta no escritório da Presidência da República pedindo que a presidenta Dilma Rousseff nomeie rapidamente os sete membros que integrarão a Comissão da Verdade.
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei 889, de 2011, que cria a Comissão Estadual da Verdade “para acompanhar e subsidiar” a comissão nacional, ainda não instalada. A proposta é assinada por quatro deputados: Gilberto Palmares (PT), Graça Matos (PMDB), Luiz Paulo (PSDB) e Paulo Ramos (PDT). O funcionamento depende de regulamentação pelo Executivo.
O Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça convida a todos para manifestaçao pela nomeação dos integrantes da Comissão Nacional da Verdade. O ato tem concentraçao prevista para as 16h30 da sexta-feira (27) no vão do Masp, na avenida Paulista, onde haverá concentração seguido de marcha para o gabinete da Presidência da Republica em São Paulo, localizado na esquina da avenida.Paulista com a rua Augusta.
Apontar os torturadores é legítimo e eficaz, como comprovam Argentina, Chile e Uruguai.
Por Francisco Foot Hardman, escritor ensaísta, crítico literário, professor titular do Departamento de Teoria e História Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Líder da Bancada do PT e membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Yulo Oiticica solicitou ao governador Jaques Wagner, a criação da Comissão da Verdade, no âmbito do Executivo, através da indicação de número 19.610/2012.