Para autoridades do governo federal, a Comissão da Verdade deveria convocar para depor Silvaldo Leung Vieira, autor da imagem do jornalista Vladimir Herzog morto numa cela do DOI-Codi, em São Paulo, em 1975.
A ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, anunciou na sexta-feira (27), durante o Fórum Social Temático 2012, que sua pasta vai sugerir a ampliação dos prazos e do escopo de trabalho da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos para que nela sejam incluídos centenas de casos de líderes camponeses mortos ou torturados pela ditadura militar.
Na primeira vez, eles desapareceram fisicamente. Foi durante a ditadura militar, principalmente entre os anos 60 e 70. Não foram tantos assim, dizem os que preferem minimizar o caráter criminoso da ditadura no Brasil, alegando que a ditadura chilena, de Pinochet, matou mais gente. De fato, segundo contagens cautelosas, Pinochet legou aos chilenos um saldo de três mil mortos ou desaparecidos, mas no Brasil, embora a quantidade não seja idêntica, a brutalidade foi equivalente.
Por Eugênio Bucci*
“Será que os ditadores, militares, policiais e civis que direta ou indiretamente torturaram, sequestraram, desapareceram e assassinaram pessoas no Brasil conseguem nesta “mirada” para dentro de si, no mais profundo de sua memória, identificar sua culpa?”
Por Dr. Rosinha*
A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da subcomissão da Câmara que acompanhará os trabalhos da Comissão da Verdade, critica a demora na indicação dos membros do colegiado pela presidente Dilma Rousseff. O atraso prejudica os trabalhos pois há prazo determinado de dois anos para o funcionamento da comissão.
Organizações de militares criticaram a publicação, na Revista de História da Biblioteca Nacional, de uma lista de 233 militares e policiais que supostamente torturaram presos durante o governo Ernesto Geisel (1974-1979).
A trajetória política e de vida do sociólogo, professor e ativista de direitos humanos Joviniano Neto foi relembrada na noite desta segunda-feira (19/12), durante a sessão especial em sua homenagem, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores de Salvador. O evento reuniu intelectuais, lideranças políticas e muitos militantes que acompanham de perto o trabalho do presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e coordenador do Comitê Baiano pela Verdade (CBV).
Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Drummond. Três nomes que marcam a história do partido e do Brasil. Os três comunistas foram mortos por agentes da ditadura em 16 de dezembro de 1976, em uma casa na Rua Pio XI, em São Paulo, onde acontecia uma reunião do Comitê Central do partido. Os 35 anos do episódio, conhecido como a Chacina da Lapa, foram lembrados em cerimônia realizada ontem (14), na Câmara Municipal de São Paulo, que homenageou as vítimas.
A foto de Dilma Rousseff sendo interrogada por funcionários da ditadura tem se prestado a várias leituras. A cena dos dois homens escondendo o rosto com a mão assemelha-se muito à imagem de criminosos escondendo a face para não serem reconhecidos. Eles são autores de crimes que definem a verdadeira impunidade que ainda precisa ser enfrentada no Brasil.
Por Katarina Peixoto
O deputado argentino, Juan Cabandié, participou, como convidado especial, do ato público de criação da Subcomissão de Acompanhamento da Comissão Nacional da Verdade, criada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13). O parlamentar uniu sua voz à dos parlamentares brasileiros na defesa de que a Comissão da Verdade cumpra o seu papel de identificar e punir os responsáveis pela violação dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil.
Será lançada, em ato público nesta terça-feira (13), a Subcomissão de Acompanhamento da Comissão da Verdade, criada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara para contribuir e fiscalizar os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade.