Um grupo de mulheres, liderados por parlamentares, fizeram uma ruidosa manifestação contra a cultura do estupro nas dependências do Senado e da Câmara. Com cartazes e palavras de ordem, as mulheres forçaram e conseguiram levar a manifestação para dentro do plenário da Câmara, apesar da resistência dos seguranças e da Polícia Legislativa.
O feriado de Corpus Christi foi tempo providencial para a absorção, pelos parlamentares, dos acontecimentos políticos dos últimos dias.
Por José Roberto Fonseca*
A bancada feminina do Congresso Nacional divulgou, na tarde desta sexta-feira (27), uma Moção de Repúdio aos casos recentes de estupro coletivo contra duas jovens – uma no Rio de Janeiro e outra no Piauí. Além de manifestamos pesar e prestar solidariedade às vítimas e suas famílias, as parlamentares cobram “punição máxima aos agressores deste ato insano e repugnável, fruto da cultura patriarcal permissiva, que sujeita as mulheres à força bruta imposta pelo poder masculino em nossa sociedade.”
A sessão do Congresso Nacional que aprovou a alteração da meta fiscal "certamente" será questionada na Justiça, afirmou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), logo após a votação, que terminou na madrugada desta quarta-feira (25). "Nunca vi uma sessão tão recheada de ilegalidades", disse ela. "Espero que a gente tenha ainda a Justiça para contar".
Após mais de 16 horas de discussão, o Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quarta-feira (25), a mudança na meta fiscal deste ano, permitindo ao governo ilegítimo de Michel temer de aumentar o deficit primário (quando os gastos, excluindo o pagamento com juros da dívida pública, ficam acima da receita) para R$ 170,5 bilhões.
Em sessão nesta terça-feira (24), senadores fugiram do debate sobre as declarações do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que escancararam a real motivação do impeachment contra Dilma. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) rebateu: A Casa tem que debater, primeiro que não é a questão de um senador somente, diz respeito à República Federativa do Brasil”. Para ela, a fala exposta de Jucá deixa claro que o “golpe era para barrar a Lava Jato” e para implantar a política econômica do projeto derrotado nas urnas.
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) vê com preocupação as informações veiculadas na imprensa, anunciada por alguns porta-vozes do governo ilegítimo de Michel Temer com relação a uma possível reforma trabalhista. Segundo a entidade, momentos de crise econômica demandam uma atenção prioritária com relação aos direitos sociais e trabalhistas e não a precarização desses em detrimento da solução dos problemas econômicos do Brasil.
A instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Classe Trabalhadora, na manhã desta quarta-feira (18) foi comemorada pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), que considerou “absolutamente oportuno este momento para tratar de um tema com a dimensão que tem a defesa de direitos dos trabalhadores.”
A realidade cotidiana do trabalhador brasileiro corre o risco de passar por profundos retrocessos. Basta a aprovação de um conjunto de pelo menos sete projetos de lei e Propostas de Emenda à Constituição (PECs), que aguardam votação no Congresso. Um caminho que pode se tornar mais fácil com o golpe e a chegada do presidente ilegítimo Michel Temer ao poder.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) reforçou em declaração à TV Vermelho a orientação nacional do PCdoB em reivindicar um plebiscito nacional que questione se o povo quer ou não novas eleições. "É necessário respeitar a soberania popular e o voto, o povo elegeu a presidenta Dilma para um mandato de quatro anos e o Congresso ilegítimo, quer eleger um outro presidente, nós defendemos que a população decida se quer fazer as eleições antecipadas" afirma o deputado.
O deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA) já conseguiu o apoio de todas as lideranças do Congresso para convocar uma Comissão Geral e debater o serviço de banda larga fixa no Brasil com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e setores de defesa do consumidor. “É preciso que nos mobilizemos para adotar medidas legais com urgência e evitar que as operadoras limitem o serviço e a liberdade de acesso à informação, como estão ameaçando”, afirma o deputado.
O consultor na área de petróleo e colunista do Vermelho Haroldo Lima, analisando a artigo intitulado “A Grande Traição”, capa da revista conservadora britânica The Economist [21 de abril] que trata do quadro político brasileiro, observa que “independente de juízos que a mim parecem de uma generalidade excessiva, a revista britânica é mais condescendente à presidenta Dilma que a nossa funesta grande mídia”.