A China recebe nesta terça-feira (1º/3) das mãos do Brasil a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em meio a várias crises internacionais agudas e a sombra de uma provável intervenção militar na Líbia.
A visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil, em meados de março, vai ser usada pelo governo brasileiro para fazer campanha em favor da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O Brasil quer passar a integrar o órgão como membro permanente. Atualmente, dos 15 integrantes, apenas cinco têm assento permanente. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta segunda (7) que o apelo será feito a Obama.
A proposta de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas será fortalecida ao longo deste mês quando a presidência do órgão ficará a cargo do Brasil. A representante brasileira no conselho, a embaixadora Maria Luiza Viotti, disse que o Brasil é candidato natural a membro permanente.
Apesar do consenso quanto à imprescindível necessidade de reformar o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, o caminho para isso parece longo e cheio de obstáculos, e não está claro quais são os responsáveis pela paralisação.
Por Haider Rizvi
Em visita à Índia nesta semana, o presidente dos EUA, Barack Obama, manifestou apoio à reivindicação indiana de uma vaga permanente em um eventual "Conselho de Segurança reformado". É uma clara jogada contra a China, numa astuciosa exploração por parte de Obama dos atritos diplomáticos entre os dois países mais populosos do mundo.
Em meio à tensão provocada pela interrupção das negociações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), o Conselho de Segurança realiza nesta segunda-feira (18) seu debate mensal sobre a situação no oriente Médio.
Com a eleição, durante a semana passada, da África do Sul e da Índia como novos membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, todos os membros dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul estarão ali representados a partir de janeiro de 2011, o que tende a aumentar a pressão por reformas no órgão.