A luta contra o impeachment da presidenta Dilma tem sido sem tréguas e se aproxima do seu desfecho do Senado. Ainda que sob correlação de forças adversa, resta uma chance da conversão ao campo democrático de 5 a 6 senadores para que os 2/3 necessários não se confirmem. Se Dilma recuperar o mandato, no entanto, há uma crescente consciência de que dificilmente terá condições de governabilidade.
Quando o cenário é de aguda crise política institucional, como agora no Brasil, todas as alternativas devem ser pensadas desde que tenham como pedra de toque a defesa da democracia. Nas poucas semanas que antecedem a decisão final do Senado acerca do impeachment, um dos desdobramentos hipotéticos deve ser prevenido.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve chegar a Pernambuco no dia 11 de julho próximo (segunda-feira). A agenda do ex-presidente terá início em Petrolina, Sertão do estado, onde participa do ato político Semiárido contra o golpe, nenhum direito a menos. Depois de breve viagem ao Ceará, Lula voltará a Pernambuco no dia 13 de julho, onde participa de ato político em Caruaru.
A partir desta segunda-feira (4), a Caravana Popular em Defesa da Democracia vai cruzar Pernambuco do Sertão ao Litoral. O périplo começa em Petrolina, Sertão do estado, e termina no Recife, no dia 15 de julho. A iniciativa é da Frente Brasil Popular PE em parceria com partidos políticos progressistas, entre os quais o PCdoB, trabalhadores e entidades comprometidas com a luta contra o golpe em curso e por um projeto popular e democrático de país.
Em discurso no Pará nesta quinta-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff usou um simbolismo para caracterizar o golpe de Estado que a afastou do Palácio do Planalto. “No passado, o golpe era como um machado cortando uma árvore. Hoje, é feito pela aliança oligopólica com a mídia, e toda essa corja de seguidores de Eduardo Cunha e do vice Michel Temer. Eles não querem e não vão usar o machado para cortar a árvore, eles vão atacar a árvore com parasitas e fungos".
Comissão de três gestores do Senado examinaram cuidadosamente as contas da presidenta Dilma Rousseff, encontraram irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontraram as famosas "pedaladas" que foram a justificativa jurídica do impeachment.
Por Luis Carlos Bresser-Pereira, pelo Facebook
O catedrático da Universidade de Coimbra, Boaventura de Sousa Santos, deu o recado em vídeo de apoio internacional à presidente Dilma Rousseff e contra o "golpe parlamentar" no Brasil: "Tudo faremos internacionalmente para mostrar que este golpe é realmente um golpe, que fez com que os golpistas tentasse parar a luta contra a corrupção que estava sendo iniciada no Brasil".
Não há fórmula definitiva para enfrentar situações críticas. Sobretudo quando a coisa pega sob tantos aspectos, como a atual crise brasileira: econômica, financeira, institucional, política… Há que se encontrar, digamos, uma solução heterodoxa. Pois há momentos em que as partes litigantes se dão conta de que uma saída há de ser tentada de modo a postergar o confronto definitivo, quando reconhecem razões fundadas para tanto.
O objetivo prioritário do governo interino é condenar a presidenta Dilma Rousseff no julgamento do Senado Federal, e, assim, governar até 2018. É uma obviedade: os golpistas estão focados em consumar o golpe. E a resistência democrática e a esquerda, que é seu núcleo propulsor, evidentemente, se batem, para derrotar o golpe, mas, nesta hora crucial, marcam passo, uma vez que estão divididos quanto ao melhor caminho.
Por Adalberto Monteiro*
Em todo o Brasil, e também nos países vizinhos, a palavra de ordem é uma só: “Fora, Temer”. E não foi diferente o que aconteceu neste sábado (18), em Buenos Aires, durante um show do músico Arnaldo Antunes. Durante a música Invejoso, centenas de pessoas aproveitaram para levantar cartazes e se manifestar contra o golpe em curso no Brasil. Prontamente o cantor apoiou a ação: "Golpe não!", disse. "Aqui não tem bobo, não!".
Atualizado às 15h.
A presidenta Dilma Rousseff chegou hoje (17) ao Recife onde cumpre agenda que culminará com ato político com as mulheres no Pátio do Carmo, centro da cidade, a partir das 17h. Neste momento, ela se encontra na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) , onde foi recebida por uma multidão.
O jornalista, escritor e advogado norte-americano que atualmente vive no Rio de Janeiro, mais uma vez denuncia o golpe em curso no Brasil para afastar definitivamente a presidenta eleita Dilma Rousseff e publica no jornal The Intercept nesta quinta-feira (16) artigo intitulado "Enquanto a corrupção assombra Temer, caem as máscaras dos movimentos pró-impeachment."
