Em um artigo escrito em 1971, considerado por muitos estudiosos como "um divisor de águas na história do futebol e das sociedades, o grande cineasta e poeta italiano Pier Paolo Pasolini distinguiu o futebol "como linguagem fundamentalmente prosística" de um "futebol como linguagem fundamentalmente poética". O primeiro é o europeu e o "futebol em poesia é o latino-americano", assinalou o artista.
Na Copa da África – como têm unanimemente destacado órgãos de imprensa em todo o mundo – quem tem reinado é a América do Sul. Pela primeira vez na história dos mundiais de futebol – este equivalente moderno das corridas helênicas de biga – assistimos a quatro sul-americanos entre os oito melhores times do planeta. Esse fato, como não podia deixar de ser, vem sendo apoiado e saudado com simpatia pelo povo irmão africano.
Por Fábio Palácio, no Portal da Fundação Maurício Grabois
O relógio marca 10h45, já está quase na hora do jogo começar. Dona Helena corre pra cozinha e, em pouco tempo, tem TV, pipoca, pizza e refrigerante na rua enfeitada por bandeirinhas e crianças agitadas. Ela explica que, desta vez, o churrasco da rua foi cancelado, porque a maioria das pessoas precisava voltar ao trabalho depois do jogo. Era a terceira partida da seleção brasileira na Copa, contra a seleção de Portugal, na última sexta-feira.
Por Marília Gonçalves, no Observatório de Favelas
Nesta sexta o Brasil enfrenta a Holanda na fase de quartas-de-final. Moraes Moreira e Chico Pessoa fazem apresentação no Arena Agita Brasil
Observadores brasileiros que visitaram a África do Sul neste Mundial dizem que o Brasil terá de enfrentar, na organização da Copa do Mundo de 2014, problemas semelhantes ao enfrentados pelos sul-africanos. Apesar disso, eles acreditam que o Brasil está mais bem preparado para solucionar esses problemas do que a África do Sul estava há quatro anos.
Há muito tempo que no bairro de Soweto qualquer espaço vazio vira campo de futebol. Antigamente, o esporte servia como protesto, pois o futebol era considerado o jogo dos negros. O rugby era o dos brancos. Mas, hoje, a realidade é diferente. A realização da Copa do Mundo no país, mais do emocionar o mundo, está diminuindo a diferenças neste esporte e unindo uma nação.
Todo o Brasil para durante os jogos da seleção brasileira na África, quer dizer, quase todo o Brasil. Muitos trabalhadores são impedidos de ir para casa e acabam dando "aquele jeitinho" para não perder nenhum gol da equipe de Dunga durante a Copa do Mundo. Graças a tecnologia e muita criatividade, a engenharia está dando certo, garantindo fortes emoções para todos os brasileiros.
Quarenta e nove observadores brasileiros que acompanharam a Copa do Mundo deste ano, convidados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), encerraram suas inspeções apontando falhas no policiamento e transporte.
Em mês de Copa do Mundo de futebol, a Biblioteca Pública Governador Menezes Pimentel (BPGMP) organizou uma programação cultural gratuita com exposições que recontam um pouco da história das Copas e do esporte através da leitura.
A verdadeira overdose publicitária durante a Copa do Mundo procura levar ao paroxismo a rivalidade futebolística entre o Brasil e Argentina. A mensagem nada subliminar é de que todo produto é bom se satisfaz ao fanático torcedor brasileiro e humilha nossos hermanos.
Por Nivaldo Santana, em seu blog
A Copa do Mundo criou aproximadamente 35 mil vagas de trabalho na África do Sul, conforme informação de uma consultoria contratada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa). Apesar da Copa ainda não ter terminado, o efeito dos empregos temporários já são sentidos pelos trabalhadores sul-africanos. De acordo com o índice Adcorp de Emprego, o nível de emprego no país caiu 6,2% entre os meses de abril e maio.
Por Aline Scarso, na Radioagência NP
A não marcação de um tento legítimo do inglês Frank Lampard na partida Alemanha 4, Inglaterra 1, realizada no domingo (27) em Bloemfontain, na África do Sul, reacendeu a costumeira polêmica sobre o uso ou não da tecnologia para auxiliar os árbitros em uma partida de futebol.