O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) acusa o jornal O Estado de S. Paulo de publicar matéria tendenciosa, na edição desta terça-feira (9), sob o título “Protógenes tentou contato com esquema do Cachoeira, diz Polícia Federal”. Para o parlamentar, trata-se de mais uma afirmação leviana “plantada” por pessoas interessadas na obstrução da CPMI do Cachoeira com o objetivo de “confundir a opinião pública a respeito do que, verdadeiramente, deva ser investigado na Comissão”.
Segundo avaliação dos parlamentares membros da CPMI do Cachoeira, o depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques de Souza na noite desta terça-feira (8), não revelou dados novos em relação aos já divulgados pela imprensa, mas confirmou o envolvimento de parlamentares com a organização criminosa comandada pelo contraventor.
Há menos de duas semanas, recebi da liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados a tarefa de ser o relator da CPMI destinada a apurar os crimes cometidos pelo senhor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e também por pessoas ligadas a ele, bem como as suas ramificações em corporações empresariais e no chamado aparelho de Estado, a partir dos inquéritos da Polícia Federal derivados das operações Vegas e Monte Carlo.
Por Odair Cunha*
O governo do Estado de São Paulo entregou a limpeza dos 20 piscinões do ABC, responsáveis pelo combate às enchentes, à empresa Delta Construção, envolvida na suposta rede de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Para realizar o serviço, ainda incompleto, a Delta receberá do governador Geraldo Alckmin (PSDB) R$ 29 milhões. A limpeza dos piscinões da Região começou atrasada, em janeiro, juntamente com a época de chuvas, o que trazia o risco de inundações.
Por 17 votos contra 11, os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiram que será secreta a reunião desta terça-feira (8), que ouvirá o delegado da Polícia Federal Alexandre Marques de Souza, responsável pelas investigações da Operação Vegas. Só acompanham a reunião os parlamentares e alguns funcionários da comissão.
"Falou com o Policarpo aí? Cara show de bola, bicho…Achei que ele ia me dar um beijo." Assim começa um dos diálogos entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso acusado de cometer 15 crimes, e o executivo da construtora Delta, Cláudio Abreu, que também está preso. Essa conversa faz parte de um conjunto de gravações feitas pela Polícia Federal que investigava o bicheiro e que demonstra a relação com Policarpo Júnior, da Veja, da Editora Abril. O assunto foi abordado em matéria da TV Record.
No primeiro dia de funcionamento da sala de segurança, no Senado, para acesso a documentos de operações da Polícia Federal, integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira reclamaram das condições de pesquisa aos dados do inquérito que investiga a atuação do empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"Se houve cooptação e corrupção de alguns atores da mídia, isso deve ser investigado". A afirmação é do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, feita na quinta-feira (3). Para o jornalista Eduardo Guimarães, a mídia usa recursos semelhantes de parlamentares para se esquivarem de acusações, alegando tratar-se apenas de uma fonte.
Parlamentares do PSDB integrantes da CPI mista do caso Cachoeira questionaram a participação do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) na comissão. Segundo o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cassado por abuso do poder econômico e político em 2008, o deputado estaria envolvido no caso. Para Protógenes, o pedido é um ataque pessoal porque ele é autor de processo na Câmara contra o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), por vandalismo praticado em seu gabinete.
Após mais de cinco horas de reunião, a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI), que investiga as relações de parlamentares com Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, aprovou hoje (2) o pedido de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do empresário goiano. Ele é investigado por sua possível ligação com jogos ilegais e de liderar uma rede de influência envolvendo políticos.
A reunião da CPMI do Cachoeira/Demóstenes, nesta quarta-feira (2), para definir o plano de trabalho, foi longa e cheia de disputas. A principal polêmica girou em torno de quem seriam os primeiros convocados para depor na comissão. O contraventor Carlinhos Cachoeira era a opção da oposição, enquanto os governistas queriam os procuradores e delegados envolvidos na denúncia e nas investigações. A convocação do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, também foi motivo de polêmica.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alegou impedimentos de ordem técnica e disse que não poderia aceitar o convite para prestar esclarecimentos na CPI mista que investiga a ligação de autoridades, empresários e políticos com o contraventor Carlinhos Cachoeira.