Estampada na capa de um dos jornais de maior circulação do país fumando crack, Maria (nome fictício) passou a manhã desta sexta-feira (17) chorando enfurecida no hall do hotel em que está hospedada na rua Dino Bueno, na região conhecida como cracolândia, no centro de São Paulo.
Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual
Dezenas de usuários de crack começaram, na manhã desta quinta-feira (16), a trabalhar na região da Cracolândia por meio do programa Operação Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo. Uniformizados com roupas entregues pela administração municipal, os dependentes químicos farão o trabalho de zeladoria da região, principalmente na limpeza de ruas, calçadas e praças e se mostraram empolgados com a nova chance de vida.
A ação da atual gestão da Prefeitura de São Paulo, que teve início nesta quarta-feira (15), para ajudar as pessoas em situação de rua e dependentes químicos, na região conhecida como Cracolândia, deu exemplo de atenção e respeito ao outro. Em declaração à imprensa, o prefeito Fernando Haddad afirmou que é preciso "aprender com o passado" e não adotar nenhuma ação "higienista".
Joanne Mota, do Vermelho em São Paulo
A ação da atual gestão da Prefeitura de São Paulo para ajudar as pessoas em situação de rua merece nota 10. Teve início nesta quarta-feira (15) e será feito pelos próprios moradores de rua. em declaração à imprensa Fernando Haddad afirmou que é preciso "aprender com o passado" e não adotar nenhuma ação "higienista".
Joanne Mota, do Vermelho em São Paulo
A prefeitura de São Paulo começou na última terça-feira (14) a Operação Braços Abertos, cujo objetivo é retirar os barracos da favela instalada na região conhecida como cracolândia, no bairro da Luz. A operação surpreendeu os ocupantes dos barracos, que esperavam a ação para quarta e quinta-feira.
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo instaurou um inquérito civil para apurar quais providências foram tomadas pelo Poder Público – prefeitura de São Paulo, governo paulista e governo federal – para o enfrentamento do crack e da concentração de usuários na região da cracolândia, no centro da capital paulista.
Com a Copa do Mundo batendo à porta, é legítimo imaginar autoridades varrendo a sujeira das cidades para debaixo do tapete urbano com fins de não assustar as visitas. É sob esse ângulo que deve ser visto como positiva a atitude low profile do prefeito Fernando Haddad em relação à cracolândia.
Por Mauro Donato*, no Diário do Centro do Mundo
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) entregou uma recomendação às secretarias municipais de Assistência Social e da Saúde cobrando dados oficiais sobre os atendimentos clínicos e hospitalares de emergência feitos aos usuários de crack recolhidos durante operação feita na última terça-feira (19).
Conselheiros e líderes comunitários de todo o país podem se inscrever até a próxima sexta-feira (22) no curso gratuito de prevenção ao uso de drogas.
O crack é algo muito difícil e complexo de ser enfrentado, mas não impossível, se atuarmos de forma integrada. A afirmação é da ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), que participou na manhã desta sexta-feira (15), em Brasília, de uma videoconferência do Programa “Crack, é possível vencer” com os governos dos estados e prefeituras de mais de 200 mil habitantes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
Sou a favor da internação compulsória dos usuários de crack que perambulam pelas ruas feito zumbis. Por defender a adoção dessa medida extrema para casos graves já fui chamado de autoritário e fascista, mas não me importo.
Por Drazio Varella, para a CartaCapital
Mídia, polícia militar e governos como o do Estado de São Paulo ainda pautam combate às drogas – e ao crack – pelo viés repressor, apesar do fracasso histórico dessas políticas. Plano do governo federal lançado em 2011 destaca a dimensão relacionada à saúde, mas especialistas cobram verba maior e dizem que entes federativos ainda resistem a aderir.