“A desintoxicação, apenas, tem seu papel, no sentido de reduzir os danos a que o usuário está sujeito, mas é uma contribuição modesta”, avaliou José Manoel Bertolote que é consultor da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), ao falar sobre as reais chances de recuperação de dependentes de crack, avalia a importância da reinserção social e mostra porque é preciso mais que a desintoxicação para reduzir o índice de recaídas.
Há especialistas que não concordam com a internação compulsória de usuários de crack. É o que você vai ver no Outro Olhar. O vídeo é uma produção do Conselho Federal de Psicologia.
A internação involuntária ou compulsória de dependentes de crack – política anunciada nesta quinta (3) pelo governador tucano Geraldo Alckmin – é medida excepcional que deve ser aplicada apenas em casos específicos.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta quinta (3) – data que marcou um ano do início das ações frustradas para combater o uso e o tráfico de drogas na Cracolândia, centro da capital – que irá implementar nos próximos dias um sistema de internação involuntária de dependentes químicos no estado.
Difícil avistar um grupo de usuários de crack em que não haja uma menina grávida. Desviamos o olhar para não correr o risco de encontrar o delas, embaçado pela escravidão da dependência.
Por Dráuzio Varella
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou ontem (31) um novo inquérito civil para individualizar a apuração das responsabilidades pela operação policial na região da Cracolândia, local como ficou conhecido o entorno da Estação da Luz, na região central da capital paulista. Para o MP, a operação, conduzida principalmente pela Polícia Militar, mostrou-se inútil.
Os números apresentados pela Secretaria de Segurança Pública são eloquentes: quase 83 mil abordagens, 489 prisões, mais de 6 mil encaminhamentos para serviços de saúde e 775 internações, além de 66 quilos de drogas apreendidos. Nada disso, porém, conseguiu por fim à Cracolândia, no centro de São Paulo, conforme previa o projeto de "limpeza" da área iniciado em janeiro pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), em parceria com a administração Gilberto Kassab (PSD).
Por Estevan Muniz*
Entre os dias 28 e 30 de maio, ocorrerá em São Paulo o seminário “A Cracolândia muito além do crack”, no anfiteatro da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), na Avenida Dr. Arnaldo, 715, no bairro Consolação.
O morador de rua Carlos Eduardo de Albuquerque Maranhão, de 41 anos, conquistou na Justiça de São Paulo o direito de ir, vir e permanecer em via pública, sem ser importunado pela Polícia Militar, “salvo por ordem judicial ou em caso de flagrante delito”.
O morador de rua Carlos Eduardo de Albuquerque Maranhão, de 41 anos, conquistou na Justiça de São Paulo o direito de ir, vir e permanecer em via pública, sem ser importunado pela Polícia Militar, “salvo por ordem judicial ou em caso de flagrante delito”.
Acadêmicos da saúde e do direito participam do seminário "A Cracolândia muito além do crack”, entre 28 e 30 de maio, na Faculdade de Saúde Pública da USP, em São Paulo (SP). O encontro pretende debater as implicações e consequências da Operação Centro Legal da Polícia Militar deflagrada no dia 3 de janeiro, início de 2012, na região conhecida como Cracolândia. Em entrevista, o pesquisador Marcelo da Silveira Campos, adianta alguns pontos que serão debatidos no evento.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em primeira votação nesta terça-feira (18) a doação de um terreno na área da Cracolândia ao Instituto Lula, entidade fundada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto foi aprovado com 37 votos a favor, 10 contra e uma abstenção. Para que a doação do lote seja concluída é necessária uma segunda votação e a sanção do prefeito Gilberto Kassab (PSD), autor da proposta.