A economia brasileira teve queda de 0,52% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Porém, no 3º trimestre, o indicador aponta alta de 1,15%.
Diante do grande ponto de interrogação que é a velocidade do crescimento da economia brasileira no próximo ano, os analistas do mercado financeiro se curvaram aos argumentos e às ações do Banco Central. A taxa básica de juros (Selic) deve ficar no patamar atual de 7,25% ao ano até, pelo menos, o fim de 2013.
O crescimento econômico do Brasil voltou a avançar no segundo semestre deste ano e terá condições de ficar acima de 4% em 2013, afirmou nesta segunda-feira (12) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acrescentando que também é importante que os investimentos se expandam entre 8% e 10%.
Com as políticas corretas a economia global poderá manter um nível de crescimento relativamente alto durante as próximas décadas, mas passará por uma mudança radical na distribuição da produção se tiver sucesso com isso, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
"O país vive um processo de desindustrialização e que precisa retomar o processo de reindustrialização nacional, o fortalecimento e fomento de uma nova indústria, novas tecnologias", foi o que afirmou Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), ao falar da importância de se investir em formação para garantir o desenvolvimento à Rádio Vermelho.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
A previsão de analistas do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, permanece em 1,54%, este ano. A estimativa foi mantida pela terceira semana seguida. Para 2013, a projeção de 4% é a mesma há 13 semanas. Os dados estão no boletim Focus, publicação divulgada às segundas-feiras pelo Banco Central (BC).
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta quarta-feira (31) que o Brasil tem “robustez fiscal” para crescer 4% do PIB em 2013. A Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentada na terça-feira (30) prevê crescimento do PIB maior, de 4,5%.
A ministra Miriam Belchior diz que poderá não haver contingenciamentos em 2013 e quer “pé do acelerador” para o país crescer mais de 4% do PIB. Embora anuncie superávit primário abaixo da meta em 2012, Banco Central mas faz avaliação positiva do desempenho fiscal do governo
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira (30), em Porto Alegre, que o Brasil tem dado uma demonstração ao mundo sobre como enfrentar a crise financeira global "sem sacrificar a população". De acordo com ele, o chamado tripé macroeconômico (câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário) está "atuando de maneira decisiva para garantir a estabilidade".
As maiores instituições financeiras brasileiras enxergam oportunidades de negócios no exterior. Banco do Brasil, Itaú e Bradesco investem na estrutura para atender à expansão de grandes empresas nacionais no mercado externo e ao crescente interesse de companhias multinacionais no país.
O governo vai antecipar a injeção de quase R$ 1 bilhão na economia incentivando o consumo do País justamente no período das festas de fim de ano. Esse valor refere-se à antecipação pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do pagamento dos últimos lotes de benefícios para os segurados que têm direito à revisão do valor, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF).
A redução da taxa de juros iniciada em 2011 e a política mais ativa do governo para manter o dólar alto têm ajudado o Brasil a se tornar mais competitivo, apontam economistas. O País até mesmo avançou no Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, quando a melhora das condições macroeconômicas foi citada.