Está em curso o que podemos chamar de uma segunda fase da crise financeira marcada pelo aprofundamento dos problemas de ordem fiscal nos Estados Unidos e Europa, cujas sinalizações de solução não são positivas: os gestores da crise ainda se encontram no núcleo do poder norte-americano e ainda não ensejaram soluções novas aos problemas econômicos criados. O impasse político e econômico é conseqüência deste modo predominante.
Por Renato Rabelo*
Em agosto, o total de desempregados nas sete regiões metropolitanas do país pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), totalizou 2,414 milhões de pessoas, 27 mil a menos que no mês anterior.
Representantes das confederações da Indústria e de Serviços (CNI e CNS) defenderam a desoneração da folha como ferramenta de competitividade, enquanto representantes sindicais analisaram que os direitos dos trabalhadores e os cofres da Previdência não podem ser prejudicados. Eles participaram, nesta terça-feira (27), de audiência pública realizada na Comissão de Trabalho da Câmara para discutir o assunto.
Após visitar os acampados em Wall Street e declarar seu apoio ao movimento de ocupação, o cineasta Michael Moore, ferrenho ativista contra o sistema, publicou nesta terça (27) uma nota em seu blog chamando pessoas de todo o país para se reunirem aos manifestantes. Ele considera o fato histórico: “É a primeira vez que uma multidão de milhares toma as ruas de Wall Street”.
Por Christiane Marcondes
O governo tucano de São Paulo tentou impedir a aprovação do projeto que aumenta em 50% o limite de faturamento das micro e pequenas empresas para serem enquadradas no regime tributário do Simples Nacional (Supersimples). A posição foi defendida pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ao afirmar que há risco de perda de receita na arrecadação do ICMS do estado.
Uma série de protestos e anúncios de paralisações marca o dia hoje (27) nas principais cidades da Grécia. Enfrentando a pior crise econômica da sua história recente, o país ameaça intensificar as decisões internas, que podem levar a demissões e mais reajustes de impostos e tarifas, incluindo as que envolvem movimentações imobiliárias. Sindicatos e organizações de diferentes linhas ideológicas apoiam as manifestações.
Já são incontáveis as comparações do precedente argentino com o desmoronamento da Grécia. Os analistas tentam perceber se as medidas adotadas pelo primeiro país aliviariam ou agravariam a situação do segundo. Esta avaliação estende-se habitualmente a outros países da periferia europeia, como Portugal e Irlanda. Nos movimentos sociais predomina outra preocupação: que ensinamentos a experiência sul-americana proporciona para a batalha contra o ajustamento?
Um relatório elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelou que o número de desempregados em todo mundo chega a 200 milhões, o maior índice já registrado durante o atual momento da crise do capitalismo. E, se a economia continuar a desacelerar, o número poderá ser ainda maior em 2012 nos países do G20.
A Polícia de Nova York prendeu 80 pessoas que protestavam com o movimento chamado "Occupy Wall Street", neste sábado (24). A manifestação contra a crise econômica não é única ação no país. Há pouco mais de uma semana acontece um acampamento no sul de Manhattan contra o sistema financeiro americano, a corrupção e a "avareza" das companhias dos EUA..
A crise financeira global está longe de terminar, alertou neste sábado (24) o membro do conselho do Banco Central Europeu Juergen Stark, ressaltando a ideia de que baixas taxas de juros e afrouxamento político poderiam resolver os problemas fundamentais enfrentados por muitos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou neste sábado (24) uma "resposta firme" das autoridades econômicas para evitar que o mundo mergulhe em uma nova recessão. "Turbulência excepcional nos mercados financeiros e confiança debilitada podem levar a uma nova recessão, especialmente nos Estados Unidos e na zona do euro", diz Mantega na declaração ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), que se reuniu em Washington.
O Congresso americano aprovou (219 votos a favor e 203 contra) nesta sexta-feira (23) um projeto de lei para financiamento de curto prazo do governo federal, preparando o cenário para um novo impasse com o Senado controlado pelo partido governista Democrata, num momento em que governo federal se aproxima de uma possível crise orçamentária em uma semana.