A Grécia, berço da democracia escravista, parece encaminhada a figurar entre os países chamados a cavar a já próxima sepultura da democracia capitalista.
Por Manuel Yepe*
Concentração no mercado: aquisições e fusões de grandes empresas no Brasil.
Os Bancos Centrais executam movimentos desesperados, tentando evitar que o colapso de grandes companhias arraste toda a economia para o buraco de 1929. Os investidores se refugiam em ativos menos inseguros. O crédito escasseia e encarece. Investimentos produtivos são adiados sine die. Já não se discute se haverá retração econômica no futuro imediato, mas sim a amplitude dessa retração.
Por Celso Lungaretti*
Alguns anos atrás, uma ideologia poderosa — a crença em mercados livres e irrestritos — levou o mundo à beira da ruína. Mesmo em seu apogeu, do início dos anos 80 até 2007, o capitalismo desregulado ao estilo americano só trouxe um maior bem-estar material para os muito ricos dos países ricos do mundo. Aliás, no curso de sua ascendência ideológica de 30 anos, a maioria dos americanos sofreu um declínio ou estagnação da renda ano após ano.
Por Joseph E. Stiglitz, no O Estado de S. Paulo
As Bolsas de Valores da Ásia encerraram em baixa nesta quinta-feira (14) em meio aos receios dos investidores sobre a crise fiscal da Europa e discussões nos Estados Unidos para aumento do teto da dívida emitida pelo país.
Depois da queda dos títulos no começo da semana e dos temores de que o país enfrente uma crise como a da Grécia, o Parlamento da Itália vota a partir desta quinta-feira (14) uma série de medidas para tentar reduzir o déficit público e dar um sinal forte ao mercado internacional. No entanto, o plano sofre resistências. Sindicatos e oposição criticam as medidas alegando que elas vão atingir a faixa mais pobre da população com cortes, sobretudo em aposentadorias e serviços médicos públicos.
Um dos avatares da crise do setor financeiro que começou em 2007 nos Estados Unidos e se estendeu como rastilho de pólvora na Europa, é a energia que os os bancos deslocaram do oeste europeu (sobretudo alemães e franceses, mas também belgas, holandeses, britânicos, italianos, luxemburgueses, irlandeses…) para utilizar os fundos emprestados ou doados maciçamente pela Reserva Federal (Banco Central dos EUA) e o Banco Central Europeu (BCE).
Por Damien Millet e Eric Toussaint*, em Cubadebate
Quem ficou chocado com o relatório sobre o nível de emprego nos Estados Unidos, divulgado na última sexta-feira, e quem acreditava que estávamos indo bem e ficou desanimado com as más notícias, não estava prestando atenção no que está acontecendo. O fato é que a economia dos Estados Unidos está presa em um buraco há um ano e meio.
Por Paul Krugman*, no The New York Times
Tradução: UOL
O temor de que a crise da Grécia cruze as fronteiras e chegue à Itália e à Espanha derrubou mercados em vários países nesta segunda (11). Bolsas da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil fecharam em baixa. Em Milão, a bolsa despencou 4%. Em Frankfurt, o índice Dax fechou com baixa de 2,3% e, no Reino Unido, o FTSE caiu 1%. Houve queda também em Nova York, com baixa de 1,2% no Dow Jones. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), houve desvalorização de 2,1%.
Operários liderados pelo sindicalismo mais forte do país, um dos mais organizados do mundo, que gerou o PT e três presidências da República com a energia liberada pelos levantes grevistas dos anos 70/80, lutam agora contra a desindustrialização. A nova agenda do ABC marca um salto na compreensão das interações perversas que subordinam o emprego, o salário e a própria sobrevivência operária à corrosão industrial e seu algoz: as taxas de juros praticadas no país.
Por Saul Leblon, em Carta Capital
Entre cinco analistas experientes e de boa reputação, quatro não acreditam na solução aviada nos gabinetes da União Europeia com o propósito de "salvar a Grécia". A crise fiscal e de balanço de pagamentos que ora assola a periferia europeia é filha legítima (com DNA comprovado) do despropósito financeiro global.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no Valor Econômico
A luta pelo futuro da Europa joga-se em Atenas e restantes cidades gregas, na sua resistência às exigências da finança, que são a versão do século 21de um verdadeiro ataque militar. A ameaça de um absoluto domínio da banca não é certamente o tipo de política econômica liquidatária que possibilite heróicos feitos de armas.
por Michael Hudson*