Mais de mil professores serão demitidos neste próximo semestre letivo nas universidades públicas de Madrid em decorrência do inesperado corte de 175 milhões do governo regional ao ensino superior, informou nesta quinta-feira (12) o jornal espanhol El Pais. Enquanto isso, centenas de manifestantes tomam as ruas da capital espanhola em protesto à nova política de austeridade do governo.
A Europa vê o Brasil como “parceiro importante para a superação da crise econômica internacional”, afirmou a ministra de primeira classe Vera Lúcia Barrouin Crivano Machado, cuja indicação para o cargo de chefe de missão junto à União Europeia obteve nesta quinta-feira (12) parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Os governos de Espanha, França e Itália anunciaram na semana passada programas de austeridade que implicam a subida dos impostos e o corte ou congelamento das despesas.
O governo da Finlândia confirmou em comunicado oficial que não vai aprovar a compra de dívida soberana no mercado secundário por meio do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), tal como foi acordado no Conselho Europeu da semana passada. O acordo trouxe alívio às economias em crise, em especial a da Espanha.
Todos os países europeus enfrentam o problema da dívida que afeta severamente as contas públicas. A França, quinta potência mundial, também não escapa da crise que faz a felicidade dos bancos privados.
Por Salim Lamrani, no Ópera Mundi
Alemanha de Angela Merkel teve que ceder às pressões de Itália e Espanha.
Em mais uma declaração polêmica, o ex-premiê italiano Silvio Berlusconi voltou às manchetes. O político, que teve seu governo marcado por sexo e denúncias de corrupção, sugeriu que a Alemanha "talvez devesse abandonar o euro". Também colocou em xeque a confiabilidade do primeiro-ministro Mario Monti. Tudo leva a crer que aproveita o momento para se promover. A imprensa internacional indaga: seriam simples declarações de um "bilionário senil" ou estaria pensando seriamente em retornar ao poder?
"Temos dois dias para salvar o euro", esclarece Mario Monti, primeiro-ministro da Itália, em vista da Reunião de Cúpula dos 27 empoados chefes de Estado e de Governo da União Européia que iniciou-se aqui, em Bruxelas. Mas, na realidade, a mensagem não tem outro destinatário do que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
Por Mary Stassinákis, no Monitor Mercantil
Mais de 400 mil famílias vivem graças à pensão dos avós.Vinte e dois por cento da população estão em risco de pobreza e, segundo a ONU, a pobreza infantil atinge 26% das crianças. Não estamos falando de um longínquo país asiático ou da pobreza na África. São cifras da Espanha, até agora a quarta economia da zona do Euro.
Por Ana Muñoz Álvarez, no Adital
Três eleições neste fim de semana refletem, de maneiras distintas, o mundo globalizado em crise. Votam franceses, votam egípcios, votam gregos, todos sob o impacto da crise internacional.
Por Emir Sader, em seu blog
Depois de arranjar a grana para salvar seus bancos, os espanhóis pagam juros mais elevados nos títulos de dívida do governo. Os mercados torcem o nariz para a forma adotada para o resgate: empréstimo de 100 bilhões de euros vai ser canalizado através de um fundo público e a economia da Ibéria escorrega para a recessão. Resultado: cresce a relação dívida/PIB, atiçando mais combustível à fogueira da desconfiança.
Por Luiz Gonzaga Belluzzo*
O empréstimo da Europa à Espanha para curar alguns dos bancos pode não funcionar porque o Governo e os bancos estarão de fato a sustentar-se mutuamente, defende o economista Joseph Stiglitz.