Manifestação contra a privatização dos correios britânicos. Conheço o meu carteiro há mais de 20 anos. Consciencioso e bem-humorado, ele é a encarnação do serviço público no seu melhor aspecto. Noutro dia, perguntei-lhe: "Por que é que você se posta frente a cada porta como um soldado numa parada?"
Por John Pilger, no New Statesman
A Grécia aprovou em caráter de urgência, nesta quinta-feira (25), um projeto de lei sobre a reforma dos impostos e a redução do setor público, exigida pela Comissão Europeia (BCE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), ou seja, a "troika", para continuar a enviar ajuda financeira ao país.
A companhia multinacional estadunidense General Electric (GE) prevê a supressão, durante os próximos meses, de 600 postos de trabalho na França, onde o mercado laboral está deprimido desde a eclosão da crise de 2008. Segundo os sindicatos, o plano da empresa afetará, sobretudo, a atividade financeira, com a perda de 400 postos.
Destacados economistas, incluindo alguns com Prêmio Nobel, tanto com formação marxista como também conservadora ou social-democrata, têm divulgado as suas análises sobre as crises do sistema capitalista que atingiram de forma dramática os EUA, provocando a recessão de 1929 e se repetiram ao longo do século 20 sacrificando vários países até expandir os seus efeitos devastadores, em função da globalização, ao iniciar o século 21 por todos os continentes.
Por Zillah Branco*, especial para o Vermelho
Após dois dias de debates e apesar de protestos que tomaram as ruas do país há vários dias, o Parlamento grego aprovou controversos cortes públicos na madrugada desta quinta-feira (18). Entre outras medidas, o pacote contempla a demissão de 15 mil funcionários públicos. A aprovação das duras medidas pela Grécia, que está em recessão há cerca de seis anos, era uma das condições para que o país recebesse a próxima parcela de "ajuda financeira" internacional, de 6,8 bilhões de euros.
Números produzidos em países membros da União Europeia (UE) como a Grécia e a Espanha apontam cerca de 50% de desemprego entre os jovens. A agência europeia de estatísticas Eurostat, no entanto, indica índces bem diferentes, ainda que também alarmantes. Devido às estruturas diversas dos países e a suas diferentes definições de desemprego, os dois resultados são incompatíveis.
O Tribunal Constitucional da Espanha suspendeu, nesta quinta-feira (11), de forma cautelar, o decreto da comunidade autônoma da Andaluzia sobre os despejos, um drama social que os espanhóis vêm sofrendo com a crise que afeta o continente, através da execução bancária das hipotecas. O decreto autoriza a expropriação temporária de imóveis em procedimento de despejo instados por entidades financeiras, suas filiais imobiliárias ou entidades de gestão de ativos.
A Comissão Europeia negou nesta segunda-feira (8) estar negociando um programa de financiamento cautelar com o governo português, sublinhando que só avaliará as opções para apoiar Portugal no regresso aos mercados de dívida no momento devido. E essa “altura não é agora”, afirmou em Bruxelas o porta-voz dos Assuntos Econômicos e Monetários, Simon O’Connor.
À medida que avança esta crise interminável, com maior claridade se aprecia o grave impacto que está infringindo aos direitos mais elementares dos trabalhadores, que tantos anos de luta custou conquistar. De nada vale que o fato de terem sido outros quem provocaram esta colossal catástrofe econômica por tratar da atividade financeira como se fosse um cassino. Ao final, são os trabalhadores quem pagam o pato e a amostra mais patente é o que ocorre na Espanha.
Por Vicente Clavero*
Na França existem 141.500 pessoas sem teto, entre as quais estão 30 mil crianças, segundo um relatório publicado nesta terça-feira (2) pelo Instituto Nacional de Estudos Econômicos (Insee), com base em uma pesquisa feita com famílias que frequentaram os albergues ou locais de distribuição de alimentos. Das pessoas sem residência, 47% estão desempregadas, 25% têm um trabalho regular e 28% são aposentadas ou carecem de capacidade laboral.
A dívida pública da França continua seu ritmo ascendente e já atinge 91,7 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo revelou nesta sexta-feira (28) o Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee).
A Comissão Europeia (CE) está “preocupada” por uma lei recém-adotada pela Junta de Andaluzia, comunidade autônoma da Espanha, que impede os despejos que vêm sendo objeto de grandes protestos dos espanhóis e de grande resistência popular desde a intensificação da crise no país. A questão foi mencionada nesta segunda-feira (24) pelo porta-voz da CE, Simon O’Connor.