Maioria dos partidos preferiu não apoiar nenhum candidato no segundo turno, mas podem ser punidos pelos eleitores e pelas engrenagens do próprio sistema político, agravando a frágil institucionalidade.
Falseamento de informações difundidas em redes "coloca em perigo e em suspeita a própria democracia com todos os fundamentos que sempre a ampararam", diz Guilherme Wisnik, professor da FEA-USP.
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, ator se posiciona contra a intolerância e critica a defesa do porte de armas.
Por Lu Sudré
Há quem imagine que estamos disputando partida oficial de campeonato, em moderna “arena”, como deram agora de chamar os estádios, com juiz e bandeirinha do primeiro escalão da federação e auxílio do árbitro de vídeo. Há quem imagine que as regras do jogo estão sendo respeitadas, tudo bonitinho, nos trinques, nos conformes.
Em meio à onda conservadora e até mesmo reacionária que avança no país, na esteira da candidatura de Bolsonaro à Presidência, há resistências dignas de serem citadas e reproduzidas. A mais recente é o artigo de Rubens Ricupero, intitulado “O dever dos neutros”, publicado nesta quinta-feira (11), na Folha de São Paulo.
Diversos movimentos sociais do país, após o resultado das eleições presidenciais, estão mobilizados e organizando diversas atividades como cortejos, saraus, shows e intervenções urbanas em defesa da democracia e contra fascismo, representado pelos discursos de violência, ódio e criminalização das organizações dos trabalhadores.
“Negar ao PCdoB o direito a representação parlamentar, com sua história de luta pelas liberdades desde os primórdios da República, não condiz com os ideais democráticos da nação brasileira.”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse que vê o risco de ditadura no Brasil. Em entrevista à noite à TV Brasil, Mello falou à jornalista Roseann Kennedy, que as instituições devem ficar atentas para inviabilizar qualquer tentativa de retrocesso.
Desde o dia 22 de setembro, o Rio de Janeiro passou a contar com um espaço popular de defesa da democracia. Ativistas, artistas e comunicadores inauguraram, na Lapa (Rua Joaquim Silva, 141), um espaço chamado Esquina da Democracia, que tem reunido democratas de diversas partes do Rio em defesa da democracia e na luta contra o fascismo.
A polarização entre as candidaturas presidenciais de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que aparecem, respectivamente, em primeiro e segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, revela uma acirrada disputa pelo futuro do Brasil.
Por Lu Sudré, Brasil de Fato
Pesquisa divulgada nessa quarta-feira (4) pelo Datafolha revela forte apoio à democracia no Brasil
Por José Carlos Ruy*
Enquanto tivermos parte considerável da população a seguir o rastro do ódio às diferenças e da cegueira deliberada, continuaremos a flertar com os riscos de novos regimes de exceção no plano político. Frente a esse estado de coisas, a Constituição nada pode fazer. Se há algo a ser construído e reconstruído, que seja no debate político, na construção das diferenças e na percepção de caminhos plurais próprios do dissenso social.
Por Alexandre da Maia*