Maria do Socorro precisou mudar de nome diversas vezes para sobreviver à ditadura militar. Já foi Ana, Socorro Fragoso, Luiza e Josydeméia. Jô Moraes é a síntese desses nomes que teve de usar durante 10 anos em que foi vítima da repressão militar. Hoje, Jô Moraes (PCdoB-MG), nome que se transformou em nome político, está em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e concorre, nas eleições de 2018, ao cargo de vice-governadora na chapa de Fernando Pimentel, em Minas Gerais.
“Bolsonaro é uma contradição”, diz a economista Leda Paulani. O motivo está no fato de o candidato do PSL ser alguém de origem militar, mas que abriu mão de pautas em defesa da soberania e do desenvolvimento nacional para agradar o mercado. Ao aproximar-se do guru Paulo Guedes, ele abraça o liberalismo econômico, mas ignora valores liberais, como respeito à individualidade e às crenças. “Juntou o pior dos dois mundos”, resume. Uma combinação que o financismo não rejeita, ao contrário.
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) é uma mulher que se impõe não só pela presença, mas pela energia com que argumenta e defende ideias e propostas. A sagacidade com que se dedica aos temas pelos quais luta talvez seja sua principal marca – uma das razões que já a colocou por mais de 10 vezes entre os 100 políticos mais influentes do Congresso, num ranking anual divulgado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Na vida pública desde 1982, Chico Lopes (PCdoB-CE) busca uma nova sociedade, diferente no respeito ao ser humano e centrada na igualdade de direitos e de oportunidades. Professor das redes municipal e estadual de ensino, o deputado iniciou cedo sua militância em grêmios escolares, associações e sindicatos.
A firmeza com que defende os interesses populares e, nos últimos tempos, a democracia em nosso país é uma de suas marcas. No calor dos debates, ela não teme os adversários e enfrenta o embate de ideias e propostas que acredita que beneficiarão o povo brasileiro. Assim é Alice Portugal, deputada baiana, que iniciou sua militância no PCdoB em 1979 e está no seu quarto mandato na Câmara dos Deputados.
A mobilização popular em defesa da democracia mostrou sua dimensão na tarde desta quarta-feira (15). As principais vias de Brasília foram tomadas pelo povo, que brada pelo legítimo direito de Luiz Inácio Lula da Silva concorrer à presidência da República nas eleições de outubro.
Por Ana Luiza Bitencourt
Em marcha desde o dia 10 de agosto, cerca de 5 mil militantes de movimentos populares chegaram nesta terça-feira (14) em Brasília. Formada por três colunas que estão, a Marcha Nacional Lula Livre, tem como principais bandeiras o acesso à terra, mais trabalho e moradia digna. Eixo central da mobilização o registro da candidatura do ex-presidente Lula embala os manifestantes.
Por Iberê Lopes*
O americano David Samuels estuda o sistema partidário brasileiro há duas décadas. Professor da Universidade de Minnesota (EUA), o brasilianista afirma que a polarização hoje no Brasil se dá não entre direita e esquerda, mas entre petistas e antipetistas – dois grupos de perfis semelhantes que, somados, representam quase a metade do eleitorado.
"Os que um dia criticam o excesso de ativismo judicial, quando a Justiça os desagrada, saúdam no dia seguinte esse mesmo ativismo, se calhar de ficarem felizes com a decisão ou mesmo a iniciativa dos tribunais".
Por Alon Feuerwerker*
“Até aqui, todas têm dado sinal de maturidade política ao procurar seu espaço e mobilizar militância em seu favor: associações, intelectuais, sindicatos. Como não se deve ter a ilusão de uma disputa fácil, a experiência política deste espectro democrático será determinante para sentir, já no primeiro turno, quem terá mais força contra os golpistas e seu projeto subalterno de País, e direcionar seu apoio àquele com maior chance”.
Por Martônio Mont'Alverne*
A relativização da presunção de inocência e seus impactos na democracia e no encarceramento em massa foram temas de um ato político realizado por juristas e promotores, na noite desta sexta-feira (3), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A atividade foi organizada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), em parceria com a Associação Juízes para a Democracia (AJD) e com o Coletivo Transforma MP (Ministério Público).
"Mais que um defensor da democracia, é possível afirmar que Waldir Pires foi um homem de esquerda, que defendia não só a democracia, mas norteou a sua luta política sempre em busca da igualdade". Com essas palavras, Emiliano José lançou, na noite do dia 31 de julho, o livro Waldir Pires: Biografia (Vol. 1).