No dia que a presidenta Dilma Rousseff faz sua defesa pessoalmente no julgamento do processo do Impeachment a qual foi submetida, manifestantes saem às ruas nesta segunda-feira (29) para demonstrar seu descontentamento e indignação com a ruptura do regime democrático no país.
A presidenta da Associação Nacional de Pós Graduandos (ANPG), Tamara Naiz, posicionou-se a respeito do desfecho do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que passa pelo julgamento final no Senado. Segundo Tamara, "Ela sabe que esse tribunal não passa de um jogo de cartas marcadas, mas mesmo assim com a altivez e coragem de quem nada teme se apresenta".
Dilma Rousseff vai enfrentar seus algozes nesta segunda-feira (29), na sessão do Senado que a julga por crime de responsabilidade. Condenada, terá confirmado seu afastamento, hoje provisório, a despeito de seus 54,5 milhões de votos. Desde que deixou o comando do país, há 109 dias, a presidenta mantém-se firme no enfrentamento do golpe, denunciando no Brasil e no exterior o processo ilegítimo de impeachment a qual foi submetida.
Agora é a urna ou a restauração de um projeto esgotado, de nações descarriladas engatadas à máquina louca dos mercados desregulados.
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
Manifestantes de todas as regiões do país chegam a Brasília a partir deste domingo (28) para participar do Acampamento Nacional em Defesa da Democracia e dos Direitos, montado no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson em Brasília.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, gravou um vídeo nesta sexta-feira (26) convocando a população para o que ele considera ser uma questão de sobrevivência, "devemos unir forças com a frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo e com os movimentos sociais na próxima segunda-feira (29) para sairmos às ruas, fazendo valer o voto popular e a democracia", convoca Adilson.
Na noite desta quarta-feira (24), movimentos populares e centrais sindicais integrantes da Frente Brasil Popular apresentaram para a presidenta afastada, Dilma Rousseff, a carta construída pelo conjunto de organizações que compõem a Frente na qual reafirmam a continuidade da luta e da mobilização popular em defesa da democracia. O ato contou com a presença das organizações e mandatos progressistas e foi realizado no dia anterior ao início de julgamento do processo de impeachment pelo Senado.
Diferentemente do esperado, as políticas públicas não são elaboradas pelo Estado em prol da sociedade civil, mas por grandes empresas que exercem um poderio cada vez maior sobre os Três Poderes. Em um estágio extremo do capitalismo, grandes empresas protagonizam um mecanismo de “captura da esfera pública” e passam a ditar leis e regras. O Estado inverte, então, a lógica, e prioriza interesses privados em vez de públicos.
Por Marsílea Gombata
No momento em que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff é julgado no Senado, movimentos sociais e espontâneos saem às ruas neste fim de semana com atividades esportivas e culturais pelo "Fora Temer".
Esta semana o movimento Ocupa Minc comemora 100 dias ocupação no espaço do antigo Canecão, em Botafogo, no Rio de Janeiro. A programação vai trazer além de debates e atividades culturais um debate com candidatos a vereador para as eleições municipais na capital fluminense nesta quarta-feira (24). Confira a programação.
O movimento para denunciar ao mundo o processo de impeachment ilegal que pretende afastar Dilma Rousseff da presidência vem ganhando mais força e adeptos. No último sábado (6) o Comitê em Defesa da Democracia, composto por brasileiros e estadunidenses, foram ao festival "SummerStage" no Central Park, em Nova York, e entrevistaram artistas a respeito do processo político que o Brasil vem enfrentando.
A Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro, vem cometendo abusos que são incompatíveis com o estado democrático de direito e só são compatíveis com a tirania e com o governo de um estado de exceção. A advertência é do advogado Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, que esteve em Porto Alegre na última quinta-feira (18) em ato em defesa da Constituição e do estado democrático de direito.