Qualquer pessoa de bom senso, que tenha lido os articulistas da grande imprensa, desde o surgimento dos escândalos envolvendo o senador Demóstenes Torres, concluirá facilmente que os trabalhadores das oficinas de consenso, aturdidos com o que lhes parece um ponto fora da curva, uma desconstrução dispendiosa e extemporânea, são como aqueles motoristas que imaginam poder dirigir um veículo com os olhos presos ao retrovisor.
Por Gilson Caroni Filho
A imprensa operou uma mágica em Demóstenes Torres: transformou rapidamente um político paroquial e inexpressivo numa personalidade nacional.
Por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
Reportagem de hoje do jornal o Globo revela troca de torpedos e trechos de um telefonema entre o famoso Carlinhos Cachoeira e Eliane Gonçalvez Pinheiro, que vem a ser a chefe de gabinete do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo. Num dos momentos da conversa, Cachoeira pergunta a Eliane se ela conversou com o maior. Ela diz estar com ele.
Por Renato Rovai*
Depois de ter seu nome envolvido em suposta ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a chefe de gabinete do governo de Goiás, Eliane Pinheiro, pediu exoneração do cargo ao governador Marconi Perillo (PSDB) na noite desta terça-feira (3). A possível ligação de Eliane com Cachoeira apareceu em relatório da Polícia Federal, que afirma que a chefe de gabinete recebeu informações sigilosas sobre operações policiais envolvendo o contraventor.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feirae (3) que não há qualquer ilegalidade nas apurações da Polícia Federal que levaram à conexão entre o senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM) e o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Um dos principais argumentos para dizer que o ex-Presidente Lula tinha conhecimento dos esquemas de depósitos ilegais de dinheiro para parlamentares em seu primeiro governo é o fato de que o governador de Goiás, Marconi Perillo, afirma tê-lo avisado de que estaria ocorrendo o “mensalão”.
Por Fernando Brito*
O rumoroso caso Demóstenes Torres (DEM-GO) não é apenas mais um caso de corrupção denunciado pelo Ministério Público. É uma chance única de reavaliar o que foi a política brasileira na última década, e de como ela – venal, hipócrita e manipuladora – foi viabilizada por um estilo de cobertura política irresponsável, manipuladora e, em alguns casos, venal. E hipócrita também.
Por Maria Inês Nassif
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado pela Polícia Federal (PF) de ser sócio de empresas que exploravam jogos ilegais em Goiás, pediu para sair do partido Democratas nesta terça-feira (3). Ele encaminhou uma carta ao gabinete do líder do DEM no Senado e presidente da sigla, José Agripino Maia (RN).
A cúpula do Democratas decidiu nesta segunda (2) pela abertura do processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Para o presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), a saída do senador é dada como certa. Para Agripino, Demóstenes foi “uma decepção” e “dificilmente o partido não tomará essa posição” de expulsá-lo.
Nota publicada na imprensa nesta terça-feira (3) informa que a Câmara Federal terá que escolher entre Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Privataria Tucana e a do caso Cachoeira. Segundo a nota, ambas, que continuam paradas na Câmara, aguardando decisão de instalação exclusiva do presidente da casa, deputado Marco Maia (PT-RS), possuem alto grau de influência nas eleições municipais deste ano.
De São Paulo, Joanne Mota com agências
O presidente do Democratas (DEM), Agripino Maia (RN), terá nesta segunda (2) "uma conversa definitiva" com o senador e ex-líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), para ouvir dele as explicações sobre as denúncias de envolvimento em negócios ilícitos conduzidos pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O senador Demóstenes Torres seria apenas mais um caso de promiscuidade entre políticos e interesses privados – criminosos ou “apenas” escusos -, somente um dos muitos que a gente sabe que há por aí.
Por Fernando Brito*