Demóstenes poderá voltar ao cargo de procurador em abril. O Conselho Nacional do Ministério Público não analisou novo pedido de afastamento e o ex-senador poderá reassumir a função a partir do dia 30 deste mês.
Após enfrentar contratempos e mudar de mãos duas vezes dentro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o processo que pede o afastamento do senador cassado Demóstenes Torres do cargo de procurador de Justiça em Goiás deve ser finalmente julgado nesta quarta-feira (24) pelo colegiado.
A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás instaurou nesta quarta-feira (10) processo administrativo disciplinar contra o ex-senador Demóstenes Torres e o suspendeu preventivamente de suas atividades como procurador de Justiça.
De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (26) pela imprensa nacional, o procedimento que pede o afastamento do senador cassado Demóstenes Torres (ex-Dem de Góias) do cargo de procurador de Justiça sofreu um segundo revés no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em menos de uma semana.
Fossem outros os tempos, e o ex-senador Demóstenes Torres estaria em casa, meditando sobre as inconstâncias do destino e as escolhas políticas e morais de seu passado. Os homens costumam errar por boa fé, é certo, quando buscam uma bandeira.
Por Mauro Santayana, em seu blog
Após ter o mandato no Senado cassado — por quebra de decoro parlamentar —Demóstenes Torres reassumiu nesta sexta (20) seu antigo cargo, de Procurador da Justiça no Ministério Público de Goiás. Demostenes foi cassado após a descoberta de sua relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, acusado de comandar a exploração de jogos ilegais em Goiás.
A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) informou nesta quarta-feira (18) que já tem um suspeito do assassinato. A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou também que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília.
De acordo com informações do Portal do Senado, o suplente do ex-senador Demóstenes Torres, o senador Wilder Morais (DEM-GO) vai receber R$ 16,3 mil por um dia trabalhado no Senado em julho.
Em um de seus melhores ensaios sobre Política e Criminalidade (Politik und Verbrechen), o pensador contemporâneo Hans Magnus Enzensberger, conta que Al Capone, em 1930, chegara a seu apogeu, sem que fosse incomodado pelas instituições do Estado. Ao contrário, eram notórias suas relações com os políticos, com a polícia e com os jornalistas, e todos cultivavam o seu poder e se nutriam de seu dinheiro.
Por Mauro Santayana, na Carta Maior
Nem bem o ex-senador Demóstenes Torres, o “cão sarnento”, limpou o gabinete em Brasília, e o empresário Wilder Morais, o seu suplente do DEM de Goiás, já tomou posse. Segundo a Agência Brasil, ele foi empossado hoje (13) “em uma sessão esvaziada com apenas quatro parlamentares no plenário”. Mas, pelo jeito, a sua vida no Senado não será tão tranquila assim.
Por Altamiro Borges, em seu blog*
Depois de publicada a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, a Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de Goiás instaurou nesta sexta-feira (13) reclamação disciplinar para apurar possível falta em relação ao cumprimento de suas funções como procurador do MP-GO.
Foi um momento triste para a República a sessão do Senado que cassou o mandato do senador Demóstenes Torres. Não por uma impensável impropriedade da cassação, mas pelo que encerra de lamentável que um homem público que se apresentava como paladino da ética perca um mandato popular por agir de forma incompatível com ela.
Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania