Apesar de a dengue não ter causado nenhuma morte no município de São Paulo este ano, a doença está acima de níveis razoáveis e preocupa as autoridades locais, segundo o secretário adjunto de Saúde da capital paulista, Paulo Puccini.
A crescente busca por fonte de água alternativa ao fornecimento da Sabesp, comprometido em função da seca nos principais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo (Cantareira e Alto Tietê), coloca em risco a população para epidemias ligadas às doenças transmitidas por água contaminada.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), iniciou nesta semana a operação de pulverização espacial UBV pesado (fumacê). A ação acontecerá antes e depois do Carnaval para o controle do mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya em 21 municípios.
O número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916 em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em casa.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (4) os primeiros dados do ano sobre a ocorrência de dengue e febre chikungunya. Os números, ainda provisórios, indicam até a terceira semana epidemiológica (4 a 24 de janeiro) 1.304 notificações da dengue, mais que o dobro do total registrado em igual período no ano passado. Das ocorrências deste ano, 120 casos autóctones foram confirmados – esses são os casos de doença contraída dentro do município.
O Dia D de Combate à dengue e à chikungunya em todo o País está marcado para o próximo sábado (7). Apesar da queda de 59% nos casos de dengue e 40% nas mortes provocadas pela doença no Brasil no ano passado, o Ministério da Saúde pede à população que reforce as medidas de prevenção.
Em 2014, caiu o número de casos de dengue em todo o País, mas foi o Sudeste que registrou a maior queda de casos da doença. Para se ter uma ideia, em 2013, havia 918 mil casos registrados na região. Esse número caiu para 310 mil em 2014.
De janeiro a dezembro de 2014, os casos de dengue registrados no País apresentam uma redução de 59,5%, em comparação ao mesmo período de 2013. Foram 1,4 milhão de casos em 2013 contra 587,8 mil em 2014.
O verão no Hemisfério Sul começa neste domingo (21), com um desafio particular para o Brasil. Pela primeira vez na estação, dengue e febre chikungunya circulam juntas pelo país. As doenças têm sintomas parecidos e são transmitidas pelo mesmo mosquito. Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia, Rodrigo Angerami, explicou como identificar os sinais de cada uma delas e as formas mais eficazes de prevenção.
Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta última sexta-feira (12) no Diário Oficial da União autoriza o repasse de R$ 150 milhões para ações de vigilância, prevenção e controle da dengue e da febre chikungunya
Neste sábado (6) é o "Dia D de mobilização no combate à dengue", campanha nacional do Ministério da Saúde, que levou agentes às ruas de todo o país para conscientizar as pessoas sobre a importância de tomar cuidados e evitar a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
O município de São Paulo registrou em 2014, até o dia 1º de novembro, 27.721 casos autóctones (contraídos na mesma localidade) de dengue. Do total, 98,6% foram notificados no primeiro semestre. Desde o início do ano, houve registro de 12 óbitos. Aumentou 1.062% em relação ao número de casos, em todo o ano de 2013, e 600% quanto aos óbitos.