Mais uma vez recorrendo à liberação de emendas, cargos e a outros favores para agradar deputados de sua base, Michel Temer escapou da segunda denúncia no Congresso, mas o desgaste de seu governo aumentou ainda mais. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), que na última quarta-feira (25), votou contra o relatório do PSDB e a favor de que Temer fosse investigado e afastado do cargo.
“O batalhão de choque de Temer não vota em defesa do País, ou de uma pretensa estabilidade, como arrotam certos deputados ao microfone. Votam por interesses individuais e de seus grupelhos mesquinhos. Achacam e mercadejam votos, o que deveria ser enquadrado como crime.”.
Por * Plínio Bortolotti
Depois de mais de 12 horas, num dia marcado por obstrução de opositores e falas de aliados em defesa da agenda golpista de Temer, a compra de votos ganhou. Por 251 votos contra 233, duas abstenções e 25 ausentes, Michel Temer se salvou pela segunda vez e ainda beneficiou os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral.
Por Christiane Peres
A estratégia da Oposição de esvaziar a sessão do Plenário funcionou. Após cinco horas sem o quórum necessário para o início da votação, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) anunciou o encerramento da sessão na qual estava sendo analisada a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) processar, por crime comum, o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral.
Por Christiane Peres
O Painel da Transparência, que explicita a opção de voto dos deputados em relação à denúncia contra Temer, está causando incômodos no dia da votação na Câmara. Enquanto aliados do peemedebista discursam no Plenário, tentando emplacar a inocência de Temer e dos ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, a Polícia Legislativa ameaçou retirar o painel que tem ficado exposto pelos principais corredores da Câmara.
“O Plenário é aqui! Ordem do Dia: Dignidade.” Com esses dizeres, parlamentares da Oposição e membros de partidos da base que estão insatisfeitos com Temer montaram um Plenário alternativo no meio do Salão Verde para denunciar as negociatas do peemedebista para se manter no poder. A ação faz parte da estratégia de esvaziar o Plenário da Casa onde acontecerá a votação da segunda denúncia contra Temer e seus ministros pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.
Depois da liberação de verbas para compra escancarada de votos, edição de medidas provisórias, de tentativa de revogação da Lei Áurea, pressão em “aliados”, enfim chegou o dia “D”. Nesta quarta-feira (25), deputados analisarão a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.
Por Christiane Peres
O Planalto nega que a liberação de R$ 687 milhões em emendas parlamentares nos 23 dias de outubro tenha relação com a votação da segunda contra Temer e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral. No entanto, neste mês, os repasses mais dobraram, se comparados com setembro ou agosto.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu na noite desta terça-feira (24) o pedido feito pelo deputado Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA) para individualizar a votação da denúncia contra Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, pelos crimes de obstrução de justiça e organização criminosa.
O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) apresentou uma questão de ordem no Plenário da Câmara nesta terça-feira (24) para tentar votar separadamente as denúncias contra Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral. A novidade foi um precedente de 1954, quando se decidiu fatiar uma denúncia por crime comum contra dois deputados.
Às vésperas da votação da segunda denúncia contra Michel Temer na Câmara, o ilegítimo mostra mais uma vez sua índole ao promover uma negociação desenfreada para livrar seu pescoço.
O fator decisivo para garantirmos a derrota de Michel Temer no Plenário da Câmara é a pressão dos brasileiros sobre cada deputado. O povo nas ruas é capaz de virar o jogo na votação da segunda denúncia contra o presidente ilegítimo, marcada para o dia 25 de outubro.
Por Alice Portugal*