A bancada de deputados federais do PCdoB acompanhou o discurso da presidenta Dilma Rousseff no Senado Federal e reafirmou a denúncia de que está em curso um golpe. Os comunistas alertaram ainda que o golpe representa uma ameaça à democracia e aos avanços que o país obteve nos últimos anos.
Em resposta ao senador Aécio Neves, na sessão do impeachment no Senado, a presidenta eleita Dilma Rousseff denunciou que uma série de medidas políticas para desestabilizar seu governo foram tomadas desde a sua posse. E que apenas dois meses após sua recondução ao cargo, o impeachment começou a ser pautado pela oposição e pela mídia. Confira abaixo:
Partidos comunistas e revolucionários de toda a América Latina e do Caribe reuniram-se de sexta (26) a domingo em Lima, Peru, num encontro para analisar a atual conjuntura regional, as experiências de governo, de lutas políticas de massas e o embate contra a ofensiva neoliberal e conservadora
Dilma Rousseff rebateu o questionamento do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), sobre o motivo pelo qual a presidenta não "atalhou" o processo de impeachment recorrendo ao STF. A presidenta esclareceu que a responsabilidade Constitucional é do Senado, mas alertou sobre as consequências de se condenar um inocente. "Eu vim aqui porque eu respeito está instituição e se ela der este passo ela estará compactuando com esse golpe". "Me condenem e esse golpe será irreversível", alertou.
"O governo de Michel Temer dá as primeiras passadas, acelerando para o grande salto para trás e a grande queima de estoques. A massa assalariada brasileira está sendo vendida a preços de saldo, com as liquidações iniciais dos programas educativos e sociais. O patrimônio de recursos materiais, como antes, será oferecido como xepa. A repressão à divergência não será tímida. Não há nada a esperar”.
Qualquer que seja o resultado final do julgamento do impeachment pelo Senado, a presença da presidenta Dilma Rousseff hoje, em plenário, tem sentido histórico.
Por Luciano Siqueira*
Na avaliação da deputada federal pelo PCdoB, Jandira Feghali, ao comparecer no Senado para apresentar sua defesa pessoalmente no processo de impeachment, a presidenta Dilma Rousseff enfrentou tecnicamente a acusação e enfrentou politicamente o momento.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, enviou mensagens de apoio a Dilma Rousseff por meio de sua conta oficial no Twitter. Com quatro posts dedicados ao julgamento político realizado no Brasil, o chefe de Estado destacou a altivez da presidenta.
Trabalhadores, estudantes e militantes do movimento de diversas áreas realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (29/08), em Salvador, para protestar contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que está em sua fase final no Senado Federal. Com faixas, cartazes e bandeiras, eles paralisaram os carros na avenida ACM, em frente a um dos shoppings mais movimentados da cidade, para mostrar à população o que está em jogo com o golpe.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) utilizou parte do seu tempo no julgamento da presidenta Dilma Rousseff para tentar justificar que sua atuação na política do "quanto pior melhor" não foi provocado pelo inconformismo com a derrota nas urnas em 2014. Disse que já se conformou com a derrota, mas fez questão de citar a ação que o seu partido, o PSDB, abriu logo depois da derrota nas urnas.
O presidente provisório Michel Temer assiste no Palácio do Jaburu – residência oficial da vice-Presidência da República –, o processo de julgamento do impeachment no Senado, nesta segunda-feira (29). De acordo com publicação da Folha de S. Paulo, Temer assistiu o discurso da presidenta eleita Dilma Rousseff, e eles se surpreenderam com a altivez e firmeza da presidenta. Isso porque esperavam que ela fizesse um discurso "mais emotivo".
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, acompanha pessoalmente a defesa pessoal da presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (29), no Senado, e diz que a farsa do impeachment construída pelo parlamento brasileiro está clara."O debate passa longe dos argumentos legais e constitucionais", denuncia.