Nos intervalos de suas lides no DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) gosta de escrever artigos, com predileção pela política externa. Nesta véspera de Natal (24), ao comentar a Cúpula de Copenhague, conclui que "o problema das cúpulas da ONU" é não terem "hierarquia". E propõe que valham mais os votos dos que chama "países guarda-chuva" – EUA, União Europeia e Japão…
Por Bernardo Joffily
As idéias de Lula sobre política externa, ao contrário do que tentam propagar notórios embaixadores e articulistas da grande imprensa, não apontam para a “partidarização petista" da cúpula do Itamaraty. Pelo contrário, partindo da complexidade do cenário internacional, o governo formula uma agenda que reafirma a soberania da diplomacia brasileira, sem contemporizar com hegemonismos de qualquer ordem.
Por Gilson Caroni Filho, na Carta Maior*
Já faz tempo que a política internacional deixou de ser um campo exclusivo dos especialistas e dos diplomatas. Mas só recentemente, passou a ocupar lugar central na vida pública e no debate intelectual brasileiro. E tudo indica que deverá se transformar num dos pontos fundamentais de clivagem na disputa presidencial de 2010.
Por José Luís Fiori, polemizando com Visita indesejável, de José Serra*
O Brasil se posiciona resolutamente à frente da luta contra o aquecimento global. Assumindo agora orgulhosamente um papel de líder entre os países do Sul, o presidente Lula quer chegar a Copenhague levando no bolso um texto com força de lei, como testemunho de sua vontade política.
Por Jean-Pierre Langellier, enviado especial do Le Monde a Manaus*
A concessão da extradição de um estrangeiro que se encontre no território brasileiro, para atender a um pedido formulado pelo governo de um Estado estrangeiro, é um ato de soberania do Estado brasileiro, que deve ser praticado com absoluta independência e tendo por base jurídica superior às disposições da Constituição brasileira.
Por Dalmo Dallari*, no Jornal do Brasil
Mahmoud Abbas, nesta sexta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a questão do Oriente Médio "nã é alheia" ao Brasil, que "quer ajudar" a resolvê-la. Lula recebeu em Brasília, na semana passada, o presidente de Israel, Shimon Peres; e recepciona na segunda-feira que vem (23) o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, fechando um ciclo de interlocutores decisivos para o debate sobre a longa crise.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou nesta quinta-feira (19) que já acertou com os líderes partidários a votação do pedido de ingresso da Venezuela no Mercosul, e também da reforma administrativa da Casa. "Há um compromisso entre as lideranças de votarmos a situação da Venezuela ainda nesta sessão legislativa. Poderíamos ter votado ontem, mas não tínhamos número suficiente", observou.
O presidente da China, Hu Jintao, que recebeu seu colega dos Estados Unidos, Barack Obama, em uma visita oficial de dois dias, declarou nesta quarta-feira (18) que diferenças entre os dois países "são normais" e "O essencial é o respeito mútuo". "Tanto o presidente Obama como eu comentamos favoravelmente o desenvolvimento das relações", disse Hu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou sua agenda e irá à cúpula de Copenhague sobre mudanças climáticas, no mês que vem. "neste momento somente com a presença de dirigentes políticos é que se pode muda", disse Lula em Roma, nesta terça-feira (17), reagindo duramente à "relutância" mostrada pelo presidente Barack Obama em alcançar um acordo climático efetivo em Copenhague.
É difícil prever o que vai acontecer em Honduras depois do acordo. Na aparência, ele sequer impõe a volta do presidente constitucional Manuel Zelaya, cujo mandato foi capado em mais de quatro meses. O retorno era ponto de honra não só para os partidários de Zelaya, mas para a ONU, a OEA e a comunidade internacional, até porque nenhum país reconheceu o regime do golpista Roberto Micheletti.
Por Argemiro Ferreira*
"Chávez e eu temos a mesma posição. Somos favoráveis que seja o Congresso hondurenho, e o presidente Zelaya a presidir as eleições de 29 de novembro e que depois Honduras volte à normalidade", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em El Tigre, na Venezuela, onde reuniu-se com o presidente Hugo Chávez nesta sexta-feira (30). Chávez disse crer que "há horizonte aberto para a democracia em Honduras".
O Brasil sai com um trunfo e um triunfo na mão, contra todos os fantasmas que se ergueram no caminho, alegando que o Itamaraty estava deixando sua tradicional posição “equilibrada” para se envolver numa disputa que não era sua. “O Brasil estava certo”, é o que se pode ler nas entrelinhas de qualquer noticiário. Foi a intervenção brasileira, acolhendo Zelaya, que abriu a oportunidade e ao mesmo tempo forçou os Estados Unidos a agirem.
Por Flávio Aguiar, na Carta Maior*