O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou sua agenda e irá à cúpula de Copenhague sobre mudanças climáticas, no mês que vem. "neste momento somente com a presença de dirigentes políticos é que se pode muda", disse Lula em Roma, nesta terça-feira (17), reagindo duramente à "relutância" mostrada pelo presidente Barack Obama em alcançar um acordo climático efetivo em Copenhague.
É difícil prever o que vai acontecer em Honduras depois do acordo. Na aparência, ele sequer impõe a volta do presidente constitucional Manuel Zelaya, cujo mandato foi capado em mais de quatro meses. O retorno era ponto de honra não só para os partidários de Zelaya, mas para a ONU, a OEA e a comunidade internacional, até porque nenhum país reconheceu o regime do golpista Roberto Micheletti.
Por Argemiro Ferreira*
"Chávez e eu temos a mesma posição. Somos favoráveis que seja o Congresso hondurenho, e o presidente Zelaya a presidir as eleições de 29 de novembro e que depois Honduras volte à normalidade", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em El Tigre, na Venezuela, onde reuniu-se com o presidente Hugo Chávez nesta sexta-feira (30). Chávez disse crer que "há horizonte aberto para a democracia em Honduras".
O Brasil sai com um trunfo e um triunfo na mão, contra todos os fantasmas que se ergueram no caminho, alegando que o Itamaraty estava deixando sua tradicional posição “equilibrada” para se envolver numa disputa que não era sua. “O Brasil estava certo”, é o que se pode ler nas entrelinhas de qualquer noticiário. Foi a intervenção brasileira, acolhendo Zelaya, que abriu a oportunidade e ao mesmo tempo forçou os Estados Unidos a agirem.
Por Flávio Aguiar, na Carta Maior*
O presidente Hugo Chávez comemorou nesta sexta-feira (30) a votação na Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, que aprova a entrada da Venezuela no Mercosul. Chávez disse que a decisão foi a “melhor coisa que o Lula trouxe” – referindo-se à visita do presidente brasileiro.
A visita a Brasília do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, marcada para o dia 23 dde novembro, motivou um duro ataque de Eliot Engel, líder da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes dos EUA. Ele pediu que a Casa Branca "deixe claro" que a visita do "ditador" ao Brasil "é um erro". Em reunião com Engel, o embaixador brasileiro em Washington, Antonio Patriota, repeliu a intromissão.
Em comemoração pelo 60º aniversário da Revolução Chinesa, dirigentes do PCdoB, PT e PSB debaterão com o embaixador chinês no Brasil, Qiu Xiaoqi, “A China ontem e hoje”. O evento será na sede do PT em Brasília, na próxima segunda-feira (26).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exemplificou com o golpe de Honduras para defender uma reforma que fortaleça os organismos multilaterais. “Em Honduras, o que a OEA (Organização dos Estados Americanos) fez? Fez as reuniões, tomou as decisões, e simplesmente o golpista não atendeu a nada", argumentou Lula, ao comentar para a imprensa a escolha do Brasil para o Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira (15).
O Brasil foi eleito nesta quinta-feira (15) pela Assembleia Geral das Nações Unidas membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU. Foram 182 votos e nenhum contrário, de um total de 183 países votantes. É a décima vez que o Brasil ocupa um assento eletivo no Conselho – frequência só igualada pelo Japão. O país permanece em campanha por uma cadeira de membro permanente, dentro de uma reforma que democratize o Conselho de Segurança.
Os negociadores do diálogo em Honduras anunciaram nesta quarta-feira (14) que "consensuamos um texto sobre o ponto 6" do Pacto de San José", que trata da recondução do presidente eleito, Manuel Zelaya. Ainda é preciso o aval do usurpador Roberto Micheletti, que refuga. Mas tudo indica que é o começo do fim do golpe de 28 de junho. Caso se confirme, será um gol de placa da democracia na América Latina: gol de Zelaya, numa jogada onde o Brasil teve um papel chave.
Por Bernardo Joffily
O chanceler Celso Amorim passou a tarde desta terça-feira (29) debatendo com senadores a crise em Honduras e a situação "única e singular" do presidente Manuel Zelaya, abrigado desde o dia 21 na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Otimista, Amorim defendeu que a atitude brasileira, ao abrigar Zelaya, "reconduz à retomada do diálogo".
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, descreveu as ameaças à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa como "inaceitáveis" e "intoleráveis". Ele disse, durante entrevista coletiva na sede da entidade em Nova York, nesta terça-feira (29), que está "profundamente preocupado" pelos últimos acontecimentos em Honduras.