O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscal do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), cinco aliados dele, dois deputados distritais, seis empresas e duas ONGs. A decisão foi tomada pelo ministro Fernando Gonçalves no dia 18 de dezembro, mas só nesta terça-feira (12) foi autorizada a divulgação da medida.
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, composta por quatro parlamentares, está reunida nesta terça-feira (12) para discutir a possibilidade de tomar medidas judiciais contra a tentativa de manobra dos deputados que e querem dificultar qualquer investigação sobre as denúncias de corrupção envolvendo integrantes da Casa e o governador José Roberto Arruda (ex-DEM).
“Chega de perdão/ Não aguentamos mais esses ladrões”. A faixa fez parte da manifestação contra a permanência de José Roberto Arruda (ex-DEM), acusado de corrupção, no Governo do Distrito Federal, na manhã desta segunda-feira (11), no retorno dos trabalhos da Câmara Legislativa do DF. O governador recebeu apoio de outro grupo de manifestantes, o que gerou tensão no local, que recebeu policiamento ostensivo.
Em meio ao escândalo do "mensalão do DEM", o grupo empresarial do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), é acusado de provocar um rombo de R$27 milhões aos cofres da Caixa Econômica Federal (CEF). O Ministério Público Federal (MPF) entrou, há três semanas, com cinco denúncias na Justiça Federal contra as construtoras do vice-governador. O procurador da República Carlos Henrique Martins Lima cobra, entre outras coisas, a devolução do dinheiro à Caixa.
Está em curso um movimento político para unir no Distrito Federal os mesmos partidos que irão apoiar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na disputa pela Presidência da República. Já estão avançadas, inclusive, as negociações para a criação de uma dobradinha entre Agnelo Queiroz (PT) e Tadeu Filippelli (PMDB), como candidatos a governador e vice nas próximas eleições.
A crise política que envolve o Distrito Federal terá desdobramentos na próxima semana. Na segunda-feira (11), a Câmara Legislativa reabre suas atividades, por autoconvocação. Já na terça-feira (12) haverá a reunião de instalação da CPI da Corrupção. Ao longo desta semana, o governador José Roberto Arruda (ex-DEM) produziu momentos de deboche diante da crise política em Brasília, na qual é o principal envolvido.
Dois servidores da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal entregaram nesta quarta-feira (6) os documentos solicitados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar o esquema de corrupção envolvendo o governador José Roberto Arruda (sem partido) denunciado na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Os documentos, distribuídos em dois volumes, somam mais de mil páginas, e engloba o período de 2000 a 2009.
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, deve entregar, nesta quarta-feira (6) os dados sobre pagamento de contratos de informática solicitados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). No último dia 18, o tribunal pediu informações sobre contratos firmados entre 2007 e 2009, mas, segundo o GDF, serão entregues planilhas com dados sobre pagamentos feitos entre 1999 e 2009.
O fiasco da festa do Reveillon promovido pelo Governo do Distrito Federal, que terminou o ano atolado em denúncias de corrupção, não arrefeceu os ânimos do governador José Roberto Arruda (Sem Partido). A crise política que cerca o Governo do Distrito Federal saiu do ar nos feriados de final de ano, mas mostrou-se visível no Reveillon oficial da Esplanada dos Ministérios, quando um público dez vezes inferior às 400 mil pessoas previstas assistiu ao show de Zezé di Camargo e Luciano.
Flagrado num dos vídeos da Polícia Federal embolsando grana ilícita, o governador José Roberto Arruda alegou que usaria na compra de panetones para as festas do final do ano. Em outro vídeo, o proprietário do jornal Tribuna de Brasília, Alcyr Collaço, enfia mãos de dinheiro nas cuecas. As cenas são chocantes. E como se comporta o principal jornal do Distrito Federal, o centenário Correio Braziliense? É como se nada de podre ocorresse no reino (ou inferno) dos demos.
Por Miro Borges
Os panetones que se transformaram no símbolo do escândalo de corrupção do Distrito Federal já viraram game na internet. O governador José Roberto Arruda, o vice, Paulo Octávio, secretários e deputados distritais são investigados pela Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal por um esquema de distribuição de propinas.
Após três horas de carreata que reuniu cerca de 500 veículos, um grupo de manifestantes que protestam pela saída de José Roberto Arruda do governo do Distrito Federal fez uma lavagem simbólica da entrada da residência oficial do governador.